Acordei na manhã de sábado com uma tremedeira que me impossibilitou de levantar da cama, a fraqueza veio acompanhada de uma náusea tão forte que achei melhor ligar para o atendimento domiciliar de urgência e emergência, aquele mesmo da ambulância azul. Educadamente o atendente me orientou a tomar uma medicação, que me esqueci o nome, e me disse que o atendimento demoraria cerca de três horas. Como já havia botado para fora até o milho assado que comi no último São João, achei melhor pedir para a patroa me levar para o hospital.
Chegando ao hospital, aquele mesmo que outrora já foi uma famosa escola particular, fui atendido por uma jovem, muito jovem, e bela, muito bela, médica. Depois de me apertar todo, verificar a pressão arterial, escutar as batidas do meu coração, medir a minha temperatura e fazer umas perguntas, a danada da médica me diagnosticou com, aposto que vocês não vão adivinhar, uma virose. Em seguida, a letrada moça nas artes médicas, me encaminhou para a sala de medicação.
Assim que adentrei ao local, percebi que um técnico de enfermagem, com um físico de dar inveja em lutador de MMA, me observava como se me conhecesse, inicialmente achei que fosse algum antigo aluno, o amigo leitor não imagina os locais onde já me bati com antigos alunos, mas assim que o camarada se aproximou percebi que não era esse o caso. O referido disse que adiantaria logo o meu lado pois sabia que eu tinha um compromisso. Depois de injetar alguma substância em minha veia, disse para eu melhorar logo para ir para casa e assistir o nosso time dar uma porrada no líder do campeonato.
Só então percebi que ainda vestia uma camisa regata, que estampa as cores e o escudo do time do coração, que uso para dormir. Comecei a imaginar que o rapaz poderia ser uma espécie de profeta, ou viajante do tempo, que veio ao meu encontro apenas para me anunciar esta boa nova. Foi com essa expectativa que sentei em frente da TV munido de uma jarra de soro para hidratação, uma cartela de analgésico e outra de um remédio para náuseas. Nem bem a bola rolou e as palavras do enviado do Criador começaram a se mostrar verdadeiras.
De hoje em diante pensarei duas vezes antes de recusar o convite de minha Sogra para a acompanhar na missa dominical.
Alex Oliveira, torcedor do Vitória, amigo e colaborador do Blog.