Ministério Público, BA-VI e a violência, vem de quem ?

Engraçado, antes da interveniência do Ministério Publico no BAVI estava tudo tranquilo, dentro e fora de campo, fora as questões que ocorreram após o final do primeiro clássico do Baianinho, com a morte do torcedor tricolor longe do estádio, quê, a meu ver era efeito mais de um problema social quê vivemos, do que propriamente do futebol, que é apenas um instrumento que alguns utilizam para dar vazão a toda essa violência crescente no país.

Bem, com a decisão infeliz do MP, utilizando uma base muito fraca de argumentação, foi “Aconselhado” a realização dos clássicos com “Torcida Única”, sem o de acordo dos clubes envolvidos, pela Federação Baiana de Futebol, e até mesmo por quem dar segurança ao espetáculo – a Polícia Militar da Bahia, porém os clubes não brigaram na justiça pelos direitos dos seus torcedores de assistir ao espetáculo, como de costume, e com isso passou-se a realizar campanhas harmoniosas entre os clubes para demonstrar que as torcidas não eram causadoras desse mau que assolam nossos estádios, e que a paz reinava entre as torcidas (dentro dos estádios), com campanhas entre as direções, nas redes sociais, na impressa, para provar que eles estavam certos, e o MP errado.

Realmente eles estavam certos, em parte, porque não eram os torcedores os causadores dos problemas ocorridos de violência entre eles, e sim os próprios dirigentes dos dois clubes – em parte, se um mais culpado que o outro não importa.

Com o termino do primeiro BAVI pela semifinal da Copa do Nordeste, onde o Bahia se sentiu prejudicado pela arbitragem – novamente, quando principalmente os dirigentes Bahia fizeram desabafos exagerados – compreensivos naquele momento, pois realmente a arbitragem prejudicou o Esporte Clube Bahia, porem não foi citado em nenhum momento o nome do Vitória como arquiteto de uma trama, e nem especificamente aquele jogo, e sim por ser prejudicado em diversos jogos anteriores, tanto no Baianinho, como também na Copa do Nordeste, e contra outros clubes envolvidos, que não o Vitória, e que culminou nesse jogo importante, tanto pela rivalidade como pela importância de uma semifinal de campeonato.

A partir daí, os dirigentes do Esporte Clube Bahia, passaram a clamar pelo apoio dos torcedores, fazendo ver que acreditava na reversão da vantagem rubro negra, acreditava nos jogadores, e que a torcida era fundamental para essa conquista sobre o rival, e sobre qualquer coisa, e que iria ganhar o jogo dentro da Fonte Nova e se classificar para a final da Copa do Nordeste, tudo isso normal em semana decisiva, não vi nenhuma provocação, ou depreciação contra o adversário, que justificasse uma choradeira que houve após a eliminação do Vitória, merecidamente, pois o time não entrou em campo, não jogou bola.

A choradeira já esperada do técnico do Vitória, que já foi tarde, já era esperado, porem o que não era esperado foi a atitude dos dirigentes do Vitoria, corrijo, do Sinval Vieira, que sempre gostei quando estava no rádio baiano, e que infelizmente não vem fazendo dentro do Vitória o que pregava quando era comentarista dos bons nas rádios baianas., criou-se, e continua-se criando um clima tenso para o BAVI, e vejo que a diretoria do Vitória de forma equivocada vem buscando motivar o clássico de forma errada, com chacotas, e menosprezo ao rival, e a sua torcida, que só acirra os ânimos dos torcedores, ao invés de motivar a esperança do seu torcedor em ganhar o BAVI no Barradão, e ser BI-Campeão Estadual, só vem alimentando a raiva entre os torcedores, principalmente antes do jogo, diferente do que o Esporte Clube Bahia vez após o triunfo por 2 x 0 na Arena Fonte Nova, quando apagou a luz, dizendo que ali só apagamos a luz para comemorar, uma alusão ao apagão dos refletores no Barradão no final da primeira partida, e quando os jogadores fincaram uma bandeira no centro do gramado, e colocaram o escudo do Bahia, mostrando que ali era a casa do Bahia, e quem mandava lá era o Bahia, coisas criativas e absolutamente normais, sem ofensas, e agressividades, coisas não estou vendo por parte do Vitória.

O que está sendo feita é uma coisa muito perigosa, e não vejo o Ministério Público se movimentar sobre essa excitação exagerada que o Vitória vem fazendo, me pergunto, onde está o Ministério Público agora ? Porque não intervém, como a FBF fez após o clássico que o Bahia venceu, e notou-se um maior respeito entre os jogadores na primeira partida da final do Baianinho, um clássico bem jogado, e agradável de ver, graças aos jogadores e as próprias torcidas, sem nenhuma confusão fora do estádio, nos dois últimos jogos, mas quanto a posições tomadas por alguns dirigentes, o MP teria que tomar as suas antes do clássico, responsabilizando os dirigentes pelos fatos que venham ocorrer antes, durante, e depois da final de Domingo, pois o clima já foi criado por eles, e se não for tomado alguma providência acredito que vamos ter fatos lamentáveis nessa final, e tudo graças aos dirigentes, e não aos torcedores.

Emerson Monteiro – Amigo do BLOG e torcedor do Esporte Clube Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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