Bahia revigorado e Vitória mordido no 3º BA-VI decisivo

No mesmo “campo de guerra”, porém diante de um cenário completamente diferente, Bahia e Vitória voltam a se enfrentar nesta quarta-feira, na Arena Fonte Nova, terceiro dérbi decisivo de 2017, agora válido pelos primeiros 90 minutos dos 180 que definirão o campeão baiano de 2017. O ate então badalado Vitória, entra em campo mordido com a eliminação da Copa do Nordeste, sem “treinador” e vivendo um momento turbulento, se apegando a vantagem que lhe dá o direito de jogar por dois resultados iguais para garantir o bicampeonato. Já o Bahia, estimulado, motivado e revigorado com a classificação à final do Nordestão, com o apoio maciço do seu torcedor, tentará reverter o resultado desfavorável e levar alguma vantagem para quem sabe fazer a festa domingo, no estádio do Barradão.

 

Uma semana atrás, presenciávamos os rubro-negros motivados e eufóricos, alguns deles apontando o Leão como o franco favorito, enquanto os tricolores (uma parte deles, os pessimistas) desacreditados ou diria mais cautelosos e não tão confiantes quanto os rivais. Como dizem, a vida é uma roda gigante, o futebol também, uma hora você está lá em cima, outrora lá embaixo. O técnico Argel não se sustentou no cargo após as eliminações, apesar dos 79% de aproveitamento, parte dele conquistado no Campeonato Baiano onde terminou a 1ª fase com 100% e ainda se mantém invicto, porém, estamos falando de um campeonato que não serve de parâmetro para absolutamente NADA, aliás, Estadual serve apenas para enganar torcedor, demitir treinador e machucar jogador. Nada mais que isso.

 

Acredito que aqueles que apontavam o Vitória como favorito diante do Bahia, já não tem mais essa mesma opinião, mesmo com o regulamento que lhe favorece debaixo dos braços. Como disse aqui, antes do primeiro BA-VI decisivo, clássico é clássico, não existe favorito. Neste domingo, o Bahia não é favorito, porém, se já era necessário triunfar, agora, depois dessa crise instalada na Toca do Leão e com a Arena unicamente azul, vermelha e branca, se torna obrigatório sair de campo com o triunfo e assim encaminhar o 47º título baiano e o quarto nessa década. Para isso, é preciso se esquivar da ansiedade pela final da Copa do Nordeste e focar somente no Baianão, que não vale NADA, nem um tostão, mas pela importância da rivalidade no nosso Estado que ainda mantém essa competição desvalorizada respirando (ainda que por aparelhos).

 

O Vitória, por sua vez, não tem outra saída, está encurralado e precisa vencer e reconquistar sua torcida para que ela marque presença no estádio Manoel Barradas e empurre o time na busca pelo 29º título estadual de sua história. É a única saída para tentar impedir que o primeiro semestre termine de uma forma vexatória e melancólica, antes de iniciar uma caminhada nebulosa e cansativa no Campeonato Brasileiro com o objetivo, assim como o Bahia, de se manter entre os “16 melhores”. Voltando ao presente, espero que os jogadores prezem pela paz e harmonia neste BA-VI, chega de agressão verbal e física, vamos jogar bola, o torcedor paga ingresso para assistir espetáculo e não porradaria, afinal, é um campo de futebol e não um ringue de MMA.

 

Que vença o melhor, e que o melhor seja o Bahêa. BBMP!  

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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