Torcedor do Vitória vitima de violência policial em SP

A torcida Vitória Sampa vem, através desta, demonstrar sua indignação com o ocorrido ontem (13/10/2016) em Campinas/SP, no estádio Moisés Lucarelli, na partida entre Ponte Preta x Vitória.

Além de enfrentar mais de 100km de estrada até chegar em Campinas, debaixo de forte chuva, nosso “terror” começou logo após a compra do ingresso, tentamos nos proteger da chuva e um policial não deixou ficarmos na parte coberta, nos expulsando sem qualquer explicação. Alegaram ainda que não era permitida a entrada com qualquer mochila, sem ao menos verificar o que havia dentro. Guarda-chuvas, mesmo que sem ponta, também foram proibidos.

Em protesto contra a atual diretoria do Vitória, a Vitória Sampa, uma torcida ligada à rede Vitória Sem Fronteiras (que NÃO é uma TORCIDA ORGANIZADA e sim um grupo de amigos rubro-negros que moram em São Paulo e se reúnem para assistir às partidas do Vitória), confeccionou algumas camisetas que formavam a frase “FORA DITADORES”, cada letra estampava uma camiseta.

Na entrada do estádio, identificado o protesto, o policial pediu para um integrante retirar a camiseta, ao ser questionado o motivo, um deles deferiu:

“Ou tira ou já vai cair na porrada a partir de agora!”

Perplexos com a situação e tentando resolver da melhor forma possivel, todos retiraram as camisetas e o torcedor se dirigiu ao grupo de torcedores com as seguintes palavras:

“Podem nos tirar a camiseta, mas nossas vozes não calarão”

Os policiais, ao ouvirem isso, partiram para cima do torcedor com socos, pontapés e golpes de cassetetes, o jogando para fora do estádio. Cerca de 6 a 8 PMs contra apenas um torcedor indefeso. Na tentativa de pedir calma e tentarmos resolver para entrarmos no estádio, alguns policias respondiam nos chamando para briga. “Vem, vem para você ver!” “Vem grandão, vem que eu quero você!”

O Rapaz ainda no chão, foi algemado, levado a delegacia no camburão, EM NENHUM MOMENTO ouve resistência a prisão.

Após ser conduzido, alguns torcedores tentaram contato com os policiais e ao questionarem sobre o porquê da ação, obtiveram a seguinte resposta:

“Policial não conversa, aqui é ditadura!”

Na delegacia, feito o boletim de ocorrência, o rapaz foi encaminhado ao IML da cidade para fazer o exame de corpo delito e logo após foi liberado com bastantes escoriações por todo o corpo.

Rede Vitória sem Fronteiras

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