Se dentro das quatro linhas, as coisas não andam tão boas assim para o Esporte Clube Vitória ainda labutando para se afastar da zona de retorno à segunda divisão, fora delas não é tão diferente disso. Os bastidores do Leão continuam pegando “fogo” e o clima não anda tão tranquilo como alguns dizem estar. A pós José Fonseca, a “bomba” da vez foi soltada pelo presidente do Conselho Fiscal, Coronel Cristóvão Rios, que revelou sua insatisfação com a diretoria rubro-negra. O motivo da decepção? Segundo o próprio “falta transparência na gestão de Manoel Matos e Raimundo Viana”.
Rios solicitou que a diretoria prestasse contas do projeto Arena Barradão e do contrato de patrocínio da Globo, pedido prontamente negado pelos dirigentes. Outra dor de cabeça para o fiscal é a não comprovação de um gasto de mais de R$ 1 milhão de Manoel Matos. Segundo o próprio, a direção do Leão não terá descanso e afirmou que irá até as últimas instâncias para que a diretoria seja transparente e comprove seus gastos.
VEJA AS PALAVRAS DO PRESIDENTE FISCAL:
“Essa situação que esta reinando, onde o vice-presidente no dia 13 de julho, na Transamérica, disse que tinha oito contratos celebrados em prol da arena. No dia 25, num café no Hotel Sheraton, ele (Manoel Matos) declarou que tinha gasto um milhão e 68 mil (reais) em projetos paralelos. Os conselhos fiscal e deliberativo não foram consultados. Endereçamos um oficio dia 14 de julho pedindo os contratos da Arena, da Globo e os feitos do ano passado ate esse ano. Não tive resposta. No dia 8 de julho, mandamos o segundo oficio ao conselho diretor, fixando na ata. O nosso estatuto, ele exige que gastos acima de 30 salários mínimos seja feita uma concorrência administrativa com a publicação em pelo menos um jornal de grande circulação e não vimos nada disso. Fiz uma carta buscando harmonizar e não expor o clube, fiz ao presidente, mostrando que uma obra prevista de mais de 200 milhões deveria ter uma comissão gerindo isso, e não o conselheiro (Hildebrando) Maia lá dentro sem ser nada do conselho diretor. Isso é um grave erro. Viana não respondeu a nada. […]. Eu estarei lutando para não permitir que coisas erradas aconteçam. O conselho está unido. Esses ofícios que foram enviados até os suplentes assinaram junto com os efetivos. Nós decidimos as coisas em conjunto”, completou.