Série B: Bahia sem time, nem para PENSAR na Série A

A Copa do Nordeste se foi e faz parte do passado. Acabamos em 3ª lugar, um passo atrás, considerando o ano passado, porém, já não importa, “fudeu” como em outras palavras disse o Thiago Ribeiro, após a partida de domingo. Agora teremos o Campeonato Baiano, onde já somos bicampeões. Se conquistar o tricampeonato será ótimo, mas nada acontece de bom ou ruim com o majestoso acontecimento, no máximo, uma tarde de comemoração e gozação, na segunda-feira ainda teremos breves resquícios, já na terça-feira, já era, ninguém lembra do ocorrido, seja pela insignificância do torneio, diga-se, só serve para eu chamar fulano de lixão e ele devolver dizendo que sou sardinha, carniça e coisa e tal, e, sobretudo, pela chegada da Série B para o Bahia e da Série A para Vitória que, na verdade, são metas de ambos os clubes. Portanto, ainda que no meio do caminho exista o Baiano, a pedra que importa são as pedaladas em direção da Série A, para o Bahia e a manutenção do mesmo status para o Esporte Clube Vitória.

Considerando o nível de contratação de agora, o Vitória dá indícios que pode brigar para renovar o alvará de funcionamento de time tipo A, sofrendo aos montes. Contratou três bons jogadores e ameaça contratar outros 5 do mesmo quilate, e essas novas contratações vão ditar o ritmo do sofrimento do torcedor do Vitória, já que brigar pelo título não faz ou nunca fez parte da cultura do futebol baiano. Somos fracos, somos pequenos, o resto é bravata, pura conversa fiada, matéria prima de todo o torcedor que se preza, seja do Bahia seja do Vitória. E o Bahia? 

Até agora neca de pitibiriba. Falta tudo. Falta zagueiro. Faltam laterais. Falta meia. Falta atacante e o pior, sobra torcida e recursos, mas falta coragem para contratar, além disso, o clube já mostrou que não sabe onde as cobras dormem, visto que, há dois anos, tenta localizar no mercado um lateral direito, e após a saída de TITI, foi incapaz de encontrar um zagueiro de qualidade, optando por atacar pelos sofríveis Jailton, Gabriel Valongo e outros já esquecidos, naquela política do ruim, mas barato, isto sem considerar os diversos experimentos de atletas das divisão de base, de qualquer jeito, sem critério algum e sem dimensionar os níveis de risco.

Mantido a política, mantida a pegada e a frouxidão, o Esporte Clube Bahia pode encerrar a gestão da atual direção com 100 milhões de cobre nos cofres, porém, metido na Série B e com riscos reais de paquerar a Série C, isto em nome da economia no primeiro momento, da incompetência no segundo.

As contratações pelo Bahia são partos repletos de dor. Ontem mesmo, o Nei Pandolfo declarou que o Bahia está tentando a contratação de Régis, jogador do Palmeiras, confirmou que o clube tentou, de fato, o veterano meia Alex do Internacional, mas houve uma recusa do jogador em sair de Porto Alegre e do Internacional, onde é reserva caminhando para a aposentadoria como jogador de fato útil. Já Régis, que confesso desconhecer o currículo, segundo Doutor Pandolfo, o jogador precisa primeiro definir sua situação no clube paulista, e só ai vai conversar com o clube, naquela conhecida maresia.

O Esporte Clube Bahia não obterá o acesso através de um decreto lei ou uma medida provisória, atendendo os belos olhos ou a fé inabalável dos seus torcedores. Não basta ser Bahia, não basta ter sido bicampeão brasileiro, não basta contas em dias, não basta o certificação ISO 2016, não basta camisa colorida, é preciso time e time forte, além de coragem, competência e disposição, e isto não temos, e vejo com desconfiança se um dia teremos.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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