Um fim de semana da democracia

Foi um final de semana inesquecível. Comprei os dois livros recentemente lançados sobre o Esquadrão, envolvendo o hepta-campeonato e as lutas recentes pela democracia no clube, depois fui votar para presidente cumprindo minha promessa pessoal de escolher pela primeira vez diretamente um presidente do Bahia. Um momento único em que o processo democrático se consolidava e eu participava decisivamente com o meu voto. É verdade o meu otimismo, pois meu candidato ganhou. Não obstante isso,  vi muita grandeza nos tricolores que concorreram e reconheceram o resultado.

Vi na Arena Jorge Maia, Leandro Fernandes, Diego e amigos novos tricolores que conquistei pela internet, todos também parte desse momento singular na história política do clube. Porém, muitos ainda não atentaram para a maturidade com que com essa luta para o Bahia define-o em sua integração em algo maior entre os clubes mais modernos e também reascende a sede de participação política bloqueada por anos de política coronelista antes da constituição de 1988 e que no Bahia perdurou até dois anos atrás.

Um ponto que me chamou atenção foi o equilíbrio da comissão eleitoral tricolor e também, ao final com o resultado da eleição, a reação das chapas com os antagonismos logo desconstruídos, embora alguns ainda “chorem” lágrimas sem perceber que as práticas democráticas demonstradas pela comissão eleitoral serão daqui para frente respeitadas como verdadeira jurisprudência, como uma espécie de súmula vinculante quando protegeu sempre o patrimônio dos sócios em elegerem o seu melhor candidato e respeitaram o direito dos candidatos em participar como sócios nas eleições sem criar limites que não estão no tocante à seção da elegibilidade e as ineligilidades do estatuto.

É verdade, eu sempre fui contra ímpetos legiferantes e criações de normas em excesso, pois sabemos que será sempre o fato julgado coerentemente na aplicação das leis que farão diferença no espírito de maturidade dos sócios do tricolor na consolidação do processo democrático das eleições. As “gritas” ficarão para trás e a isonomia no tratamento das questões serão daqui para frente melhor entendidas sobre o valor que um Estatuto breve e claro terão em suas intenções quando da aplicação no desafio das próximas eleições.

Agora, em Recife, é recomeçar a torcida e fiscalizar o cumprimento das promessas de campanha. Observar a vontade de mudar do novo presidente na prática do dia a dia, pois capacidade sem que ele tem. Vamos ver isso acontecer nas situações em que ele pressionado terá que superar. Afinal, a vida não é feita de desafios? Temos agora que monitorar e torcer para que tudo dê certo e o Bahia volte à normalidade institucional, consiga diminuir sua dívida e enfim conquiste definitivamente um novo título de glória no campeonato baiano, no nordestão e no acesso á primeira divisão. 

Avante, Esquadrão!

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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