Franciel Cruz: “Desliga o refletor, disgrama”.

É automático. Não importa o adversário. Basta o Vitória brocar o
primeiro gol numa peleja qualquer – e este angustiado locutor saca logo
do coldre o inexorável Cepacol, gritando em 18 idiomas: “DESLIGA O REFLETOR, DISGRAMA”.

Este brado retumbante de galhofa e desespero (sim, no Leão, galhofa e
desespero convivem de modo harmônico) é uma espécie de antídoto contra
as traquinagens que por (des) ventura o Rubro-Negro venha a aprontar
logo em seguida. E como apronta. Minhas maltratadas pontes de safenas
(ainda) estão aqui para não me deixar mentir. 

E quando o jogo é fora de casa, então, ave maria, pai nosso três mil
vezes, bato na madeira, banho de folha de arruda e ajoelho imediatamente
no genuflexório, implorando ao santo operador do sistema nacional de
energia elétrica que providencie logo mais um apagão geral, um blecaute,
um corte em todas as linhas de transmissão das usinas hidrelétricas,
termelétricas e do caralho aquático. “DESLIGA TUDO, PORRA!!!” 


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Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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