Sou completamente favorável a qualquer protesto pacífico e ordeiro da torcida do Bahia, aliás, entre outras manifestação legítimas, reivindicar e brigar por um time forte, respeitável e longe da vergonha, é também uma das funções primordiais do torcedor, especialmente daqueles conscientes, que sabem da sua importância como pilar de sustentação maior e, até mesmo, como essência fundamental da própria existência do clube.
No entanto, organizar eventos de protesto como circulam pela internet, na véspera de mais um jogo importante e ainda na décima primeira rodada de torneio, onde o clube ainda se debate e respira, seria o mesmo que carregar e deixar escorregar um paralelepípedo em cima do dedão de um pé murcho, pisando no terreno da ausência da responsabilidade.
Fora isto, o clube ainda enfrentará o Palmeiras nesta quinta-feira e um triunfo (difícil, sabemos), pode remover o clube da lista dos rebaixados e o jogo da véspera do protesto, contra o Corinthians, Domingo em Pituaçu, pode se transformar, ai sim, em um divisor do Bahia das incertezas, para um Bahia melhor e, seguramente, não será sob o signo das palavras de ordem e dos protesto que isto acontecerá.