Sem a coerência, deu a lógica. Bahia 1×2 Vasco

Estou com medo de me tornar repetitivo, mas é cada vez maisdifícil ser criativo para criticar as mesmas coisas. A falta de coerência do técnico Tricolor, dessa vez, ficou evidente…

Quando soube da opção de Falcão em repetir o time que jogou contra o Atlético-MG, mudando apenas o melhor jogador do Bahia na partida em Minas, gelei. Se aquele time que sofreu pra empatar com o Galo era a melhor formação escolhida pelo técnico Tricolor, a coisa ia ser feia… E foi. Na verdade foi muito pior que a encomenda. A dupla de ataque, Lulinha e Jones, conseguiu se superar. Dessa vez, chutaram três vezes em gol enquanto estiveram juntos. E foi a única coisa que a dupla produziu, além do chute horroroso de Jones, frente a frente com o goleiro, no final do segundo tempo.

Lulinha completou 10 partidas sendo totalmente inútil ao time. Jones, apesar de ter dado o toque para o gol de Fahel no jogo passado, continua horroroso. Mas dessa vez Falcão assumiu a culpa e disse em entrevista: “falei pra o Jones que a responsabilidade em escalá-lo era minha, e que ele não deveria se preocupar com as críticas”. Palavras da Salvação de Paulo RobertoFalcão.

No começo do jogo o Bahia equilibrava o jogo até Titi dar uma voadora, à lá Bruce Lee em O jogo da Morte. Falta perto da grandeárea. Será que ninguém advertiu a zaga pra não fazer esse tipo de infração, pois existe um cara chamado Juninho Pernambucano, especialista em cobranças de falta? O sacana joga a bola com a mão, onde a coruja dorme, à la Zico

Tudo bem, saímos atrás no placar mas… “Vai pra cima dele, Esquadrão”… E fomos. Pênalti em Lulinha, o juiz não marcou. Lulinha chuta, goleiro defende, chuta de novo e agora foi pra fora. No retorno contra-ataque rápido, Diego Souza ignora a marcação de Fabinho e toca de peito, Alecssandro dá um passe genial e o 10 vascaíno chuta sobre Lomba depois de deixar Titi grudado no chão. Êêêê Capitão… Dois a zero e nenhuma chance de reação. Sofríamos no Estádio sem esperanças. Rezei pelo fim dos 45 minutos e ele veio.

Na volta do Segundo, fez-se a lógica. Junior entra no lugar de Lulinha e Magno no lugar do esforçado Diego. Pronto, foi outro jogo. Só deu Bahia e Lomba só cobrou tiro de meta. Na primeira jogada Junior dá um corte espetacular e o goleiro pega com o pé, no rebote Gabriel perde. Escanteio, Junior cabeceia pra trás, Titi fura e depois chuta fraco. Fernando Braz defende. Ávine cruza, Fahel cabeceia, Fernando Braz bota pra escanteio. Ávine toca no meio, chute de Diones, defesaça do goleiro do Vasco. Cruzamento de Gabriel, Junior cabeceia perto da trave. Jones chuta cruzado pra trás, Gabriel chuta prensado. Ciro dispara pela esquerda, consegue achar Junior no meio da área e ele dribla o goleiro e dá uma porrada pra diminuir o placar. Mas não adiantou nada. Perdemos em casa.

Aí fica a pergunta: se quando tá perdendo ele bota Junior, por que esperar estar perdendo para fazer o óbvio? Jones e Lulinha devem fazer uns 3 ou 4 gols de bicicleta em cada treino, porque não tem razão manter essa dupla ineficaz no meu time. Tá certo que Titi vacilou nos dois gols, mas até Maria Eduarda Deiró Damasceno, neta do ex-dirigente Tricolor Raimundo Deiró, de10 anos, me perguntou: “tio, por que Junior não entrou de primeira no lugar do Lulinha?” E eu, infelizmente, não soube responder…

Bora Baêa Minha Porra! Não deu pra comer bacalhau, mas somos especialistas em acabar com a festa de bichanos-rubro-negros-nordestinos… Vamos pensar no Sport e deixar essa onda de rebaixamento pra quem tá lá em baixo no porão. Afinal, essa realidade não nos pertence mais.

Agora é só treinar finalização, tirar Lulinha do time, colocar Junior, preparar fisicamente Ávine, encontrar um parceiro de zaga pra Titi (que errou quando não podia errar), arrumar um meia canhoto, cortar as tranças e a máscara de Magno, recuperar Souza, Madson, Coelho e contratar um bom atacante e o time se ajusta. Acho que é só isso…Só pra lembrar:

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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