Bahia é usado como escada por jogadores

Foi assim com Paulo Miranda e está prestes a acontecer com Rafael Donato: jogadores sem visibilidade chegam ao Fazendão, destacam-se e vão embora. Até aí, tudo bem. Ninguém é ingênuo o suficiente a ponto de achar que um atleta vai preferir jogar por aqui a brilhar por clubes de maior potencial econômico, visibilidade e tradição, como Corinthians, Flamengo, São Paulo, etc.


O problema é chegar aqui já com esse pensamento.

Pois foi o que deixou bem claro o volante Val, contratado junto ao Mogi Mirim:

“Espero que possa fazer um grande trabalho aqui e as grandes equipes me vejam para que eu possa conseguir um algo mais. Espero que com essa minha vinda para o Bahia eu possa conseguir algo melhor. Primeiro eu tenho que pensar no Bahia e trabalhar bem para conseguir algo melho”.

Não sei se o leitor compartilha da mesma opinião, mas eu acho uma tremenda falta de respeito. E falta de inteligência também. Além da falta de um mínimo conhecimento sobre a história do futebol, para saber que o Esporte Clube Bahia, duas vezes campeão nacional, é um dos grandes do futebol brasileiro.

De qualquer sorte, desejo sucesso ao Val Baiano, que com 28 anos anos veste pela primeira vez a camisa de uma grande agremiação. Que faça uma boa temporada e ajude o Tricolor na longa caminhada que é a Série A.

Só não se surpreenda se daqui a algum tempo, já longe de Salvador, ele menospreze o Tricolor, como um ingrato ou outro tem feito por aí.

Rafa Santana

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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