Esse título de Campeão será das crianças

Dia 21 de abril de 2002 é um dia muito importante para mim. Começou uma linda história de amor entre um pai e um filho muito amado, e principalmente sobre como se fazem torcedores bem amados. No dia do aniversário do meu filho, comemoramos tantas coisas e louvamos pela confiança desse título. Nesse dia também recebi em Recife uma ilustre torcedora do Bahia, a Dra. Cristina Pirajá. Ela entusiasmou os meninos com sua paixão puro sangue pelo tricolor

Na foto, meu sobrinho, na hora dos parabéns, foi contra  iniciarmos a cantar o hino do Bahia por causa da sua paixão pelo Sport, time da maioria dos pernambucanos. Nós, baianos, em Recife, como verdadeiros baianos, torcemos pelo tricolor e provocamos meu sobrinho que reagiu com o Kazá, kazá e dizendo que o Sport fora campeão da Copa do Brasil. Eis que com os dedinhos bem firmes em sinal de dois, reagiu e afirmou: “Eu sou bicampeão brasileiro!”.

É assim o Bahia, foi assim que eu cresci também amando o Esquadrão de Aço pelos estádios e aprendendo a reverencia-lo como grande time a levar uma mensagem a humanidade, a saber: que o baiano é um povo organizado, disposto e determinado a conquistar triunfos de glória. Essa imagem foi abalada com o descenso de 1996, quando caiu para a segunda divisão pela primeira vez em sua gloriosa história, mas nunca duvidei que voltaria no campo e jogando bonito.

Esse Bahia que aí está me encanta por traduzir essa vontade de superação também nas adversidades desde que conseguiram com um time quase misto dar a volta por cima contra o Sport no ano da ascensão. Foi um momento épico para mim pessoalmente porque eu e meus filhos traduzimos para uma multidão pela manhã a confiança de que conseguiríamos vencer, como Gilberto bem frisou, 1000 x 0 para o Bahia, diante de Tiago Medeiros, jornalista da Globo Nordeste.

Hoje, perdemos um jogo que poderíamos perder, outros times em outros regionais vantagens também perderam, mas estão eliminados. A diferença para o Bahia é que ele está vivo, faltam ainda 90 minutos para o tricolor decidir em casa a sua permanência pelo sonho de levantar uma taça que a criançada de tricolores de 10 anos ainda não viram.

Essa experiência de levantar uma taça de campeão é tão importante para essa criançada quanto o dia da conquista do nosso Bicampeonato para mim, quando ainda tinha apenas 20 anos e cheio de taças de campeonatos baianos colecionados. Essa experiência falta ao nosso torcedor de tenra idade, quero ressaltar isso porque esse título precisa ser dedicado as crianças tricolores, aos grande tricolores de amanhã que sabem o sabor da conquista pela tradição oral e filmagens das grandes façanhas do tricolor.

Quero esse título para fazer Maurício Filho e Gilberto mais felizes no dia 13 de maio.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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