A Tribuna da Bahia desta terça-feira, na coluna sobre o Esporte Clube Bahia, ressalta a indiferença da torcida tricolor em relação ao desembarque do time que perdeu para o Figueirense: faltou fôlego para protestar, diz o bom jornal quarentão! Mas protestar para quê? E quais seriam os benefícios de um panelaço, apito na boca e chapéu de palhaço, gritando palavras de ordens no aeroporto 2 de julho, em um momento tão crucial na vida do clube? Afundar o time, adicionar uma barra de chumbo no barco fazendo água? Atirar no pé sem sapato? O torcedor tricolor tem consciência da gravidade da situação e, por isto, vai para Pituaçu, no sábado à noite, gritar “Bora Bahia”, até a garganta fazer bico e, sobretudo, depois que árbitro apitar o final do jogo. Confira a matéria de Leonardo Martins, repórter da Tribuna da Bahia!
No ano passado, a torcida compareceu, acreditou, apoiou e motivou o Bahia durante toda a campanha para o acesso da Série A do Campeonato Brasileiro, mas em 2011, diante das carentes exibições do time na competição, o torcedor tricolor não tem demonstrado fôlego para reivindicar o mau momento que insiste em rondar o Fazendão.
Hoje, inclusive, a equipe baiana completou um mês sem vencer, no entanto, apesar das frustrações, a torcida deve comparecer ao Estádio de Pituaçu, no próximo sábado, dando um último voto de confiança ao time, para que ele possa dar a volta por cima e afastar o clima de tensão, em que vive.
Uma derrota para o São Paulo pode ser a gota d’água para uma crise entre o clube e a torcida. Além disso, a ascensão do clube rival, que está há um ponto do G-4 e terá o vice-lanterna da Série B, o Salgueiro, como próximo adversário, está inflamando a insatisfação do torcedor do Bahia, que passa a temer o rebaixamento para a Segunda Divisão.
Em 2010, foi a torcida do Vitória que viveu seu pior momento dos últimos cinco anos, ao cair e ver o seu principal adversário garantir o acesso à divisão de elite.
Contudo, o Bahia é o sexto time com maior chance de descer para a Série B de 2012. Tendo vencido apenas oito partidas nesta edição da Série A, o clube baiano segue com 17% de probabilidade de queda.
Embora tenha consciência do drama em que a equipe está vivendo, o técnico Joel Santana foi taxativo ao prever que o time precisa apenas de mais duas vitórias para garantir a permanência na primeira divisão. “Temos que ganhar 42 pontos e não interessa se evolui ou não. Nós precisamos saber segurar a vantagem. Faltou maturidade de saber jogar fora de casa”, analisou Joel.