Essa é a realidade do Esporte Clube Bahia

É por isto e por outras, que ainda estão por vir o que eu já dizia no post anterior que tratava do jogo: que era preciso vencer, era preciso não perder na noite de hoje, porque sabia que, além da procissão rubro-negra, ainda ressentida do fracasso do ano passado, iriam usar este espaço e, através dos comentários, ridicularizar o Esporte Clube Bahia. Como também a imprensa esportiva iria aprofundar dois dedos na ferida e inflamação tricolorida no inicio deste campeonato.

E não deu outra, o abatido de hoje nem mesmo esfriou que já chega à saraivada de criticas acerca da atuação e derrota na estréia do tricolor, em Minas Gerais. Confira o que diz o jornalista Raphael Carneiro no seu blog pessoal após o jogo.

Alguém aí ainda tem dúvidas que o Brasileiro será um longo martírio para o Bahia? Se a derrota para o América Mineiro, de virada, não foi suficiente para isso, vai ser difícil o torcedor cair na realidade.

O Bahia enfrentou aquele que pode ser chamado de o mais fraco time da Série A do Campeonato Brasileiro. Aliás, um adversário direto na luta contra o rebaixamento e, perigosamente, deixou escapar um ponto que poderia ser precioso lá na frente.

A estreia do Bahia na Série A começou promissora. No primeiro tempo, o ataque se movimentou bem, o time esteve bem postado em campo e todo mundo ajudou na marcação. Até o gol, o Bahia dava poucos espaços para o América. Mas, depois de estar na frente do placar, o tricolor recuou e passou a jogar como time pequeno. Situação que não é nova para o tricolor.

E se tornou tão comum o time se postar assim que Francisco Aguiar, diretor executivo da Tribuna da Bahia, que faleceu neste fim de semana, costumava dizer: “Esse não é o Bahia que eu torço”.

Jornalista conceituado, ele cobriu as maiores glórias do tricolor e acompanhou o time de perto por anos e anos. Nos últimos cinco anos, período em que convivi com ele, não se cansou de reclamar do descaso e dos problemas do tricolor. A revolta foi tamanha que chegou a abandonar os estádios.

Ele, que teve o corpo sepultado na tarde deste domingo, não teve a oportunidade de ver a partida de volta do clube – após sete anos – para a Primeira Divisão. Mas, apesar da presença na elite, o tricolor continua não sendo aquele time por qual Chico Aguiar (como era chamado), se apaixonou. E, ao que tudo indica, vai ser muito difícil voltar a sê-lo.

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