Ávine foi só alegria após vitória do Bahia

Matéria veiculada no Jornal Atarde, na manhâ desta terça-feira-feira (22), quando o portal funcionava, ainda que de forma precária. Voltaram os problemas, e a matéria antes salva, é publicada na página do BLOG, como uma alternativa de leitura.

Destemperado e desbocado, o atacante Neto Baiano, do Vitória, disparou contra Ávine e suas frias provocações durante o triunfo tricolor no Ba-Vi do último domingo, 20, em Pituaçu, por 2 a 0.

Para os microfones, perguntou: “Ele já jogou onde?”. Nesta segunda-feira, 21, no dia do seu aniversário, o lateral do Bahia estava leve o bastante para encontrar a resposta ideal. “Joguei a minha vida inteira só no Bahia e sinto um orgulho muito grande, afinal, é um time bicampeão brasileiro, que tem uma grande torcida e que está na série A”, assinalou, antes de decretar: “O que vem de baixo não me atinge”. Como assim de baixo? Da segunda divisão? “Eu não disse isso” (risos), deslizou.

Ávine é tão tricolor que esqueceu até da passagem pelo Santo André em 2009. Insignificante perto da história que já construiu no Fazendão, onde foi criado desde os 13 anos. Agora, com 23, é a grande referência da atual equipe. “Quando tem Ba-Vi, sinto bastante o clima da rivalidade. Não gosto quando eles falam demais, como no jogo do Barradão”. Duas semanas atrás, o Vitória venceu na Toca e teve piada, dancinha e muito mais. “Desta vez, fou tudo ao contrário”, comemorou.

Porém, não era nem para Ávine ter entrado em campo, mas uma recuperação relâmpago de uma contusão na virilha o deixou em condições. Mesmo assim, ele foi meia-boca. “Fiquei meio receoso, principalmente no começo. Depois, me soltei. Fui sentir dor em casa e tive dificuldade para dormir”.

Por conta disto e das indicações do médico Marcos Lopes, o jogador deverá ficar de fora do duelo desta quarta-feira, 23, pela Copa do Brasil, com o São Domingos. Sem problemas. Mesmo atuando no sacrifício, Ávine escreveu o nome dele no clássico ao bater o pênalti que fechou o placar. “Ficou definido na preleção que seria Ramon ou Marcone, mas ali tinha que ser eu. Sonhei que tinha feito um gol no Ba-Vi, fiquei com aquilo na cabeça e era minha chance”, contou.

E o garoto ficou mais feliz ainda por o triunfo ter vindo dos pés da galera da casa. Para Marcone, autor do golaço que abriu a contagem, ele reserva um conselho: “Ele tem um chute forte e precisa arriscar mais. É muito tímido”. O colega concorda, mas faz promessa: “Vou treinar mais e finalizar pelo menos cinco bolas por jogo”.

Sem Souza – Além de Ávine, outro desfalque para o jogo de quarta, às 21h, em Pituaçu, é o centroavante Souza, que ainda não se recuperou totalmente de um estiramento na coxa. Os ingressos para a partida começaram a ser vendidos no final da tarde de segunda-feira e a diretoria resolveu manter o mesmo preço do clássico: R$ 30, sem meia entrada.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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