Muitos torcedores estão fazendo um paralelo entre a derrota política de Marcelo Guimarães Filho nas urnas com o Bahia. Muitos exibem até uma certa preocupação sobre o futuro do Bahia no campeonato.
É como se o Presidente do Bahia é quem fosse o derrotado nas urnas, e não o Deputado. Também atribuem á derrota política de Marcelo Guimarães Filho a uma vitória política da chamada “oposição” do Bahia.
E por que não rendeu agora? Ora, há uma clara mudança do eleitorado baiano e brasileiro. O nordeste está mudando mais rápido que o Brasil também. Antes, ser Presidente de um clube de futebol era o bastante. Hoje, os hábitos políticos de outrora não são os mesmos.
Não basta mais aparecer na mídia todo dia para conquistar votos, é preciso que sobre a imagem de um Presidente se encarne valores democráticos e que se construam sobre um personagem popular alguma idéia nova.
Marcelo Guimarães Filho não perdeu a eleição para o Bahia porque não existe ainda eleição livre no jogo dos donos do Bahia, que poderia experimentar agora e até ganhar, posto que seria o primeiro Presidente de clube de futebol da Bahia a conseguir abrir um clube para seu sócio. O Presidente do Bahia não fez isso.
Isolou-se no capital político de exposição que o Bahia dava, como também esperava que o torcedor habituado a votar em Maracajá votasse nele, o que não ocorreu.
Marcelo Guimarães Filho é um jovem político e terá muita estrada pela frente, poderá ainda entrar na história do clube como um verdadeiro democrata ao abrir o clube; o que resta para salvar à sua consciência, porque como Deputado ele já perdeu. Poderá ganhar de volta pelo menos à sua consciência, e não terá perdido nada.
Mauricio Guimarâes – Leia este e outros artigos aqui
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