Paulo Carneiro agora é badogue

Paulo Carneiro é polêmico por essência. Não há como negar. A palavra polêmica bem que poderia ser agregada como mais um sobrenome do engenheiro mecânico Paulo Roberto de Souza Carneiro. Foi assim enquanto esteve na presidência do Esporte Clube Vitória, em sua saída do rubro-negro e na rápida passagem como gestor de futebol do Bahia. Agora, ele vai levar todas suas controvérsias para a imprensa esportiva.

De vidraça a estilingue. Na quinta-feira, ele estreou como comentarista na rádio Tudo FM. Nas ondas do rádio, vai dar seus pitacos durante os jogos e na resenha esportiva da emissora. Deve criar algumas confusões também com uma coluna que vai inaugurar no site Bahia Notícias.

O ex-dirigente falou somente esta semana sobre sua saída do Bahia. Diz não ter se arrependido da passagem pelo Fazendão, mas reconhece ter cometido um erro: a aproximação com o empresário Orlando da Hora. De acordo com ele, a saída do Bahia ocorreu de forma tranquila, sem qualquer tipo de ressentimento e com as questões contratuais já sendo resolvidas.

Em entrevista à Tribuna da Bahia, Paulo Carneiro comentou a nova fase de sua vida com o retorno à imprensa esportiva e revelou já estar atuando ativamente em um clube do futebol baiano. Confira:

Tribuna da Bahia – Agora está de volta à imprensa esportiva, não é?

Paulo Carneiro: Na verdade, eu sou engenheiro mecânico. Até 1990 eu exerci minha profissão normalmente. Agora, eu na época de estudante, como eu gostava de futebol, eu acabei sendo levado para um jornal esportivo por um amigo meu de infância chamado Ênio Carvalho, que foi repórter da radio Excelsior e hoje é uma das autoridades em marketing da Bahia. Ele me levou para o Esporte Jornal, eu fui substituir ele numa parte do jornal chamada marcação por zona.

TB – Como está lidando com o fato de depois de tanto tempo sendo vidraça, virar a pedra?

PC: Agora eu vou ser o estilingue. Mas isso não me preocupa não. Não faz diferença nenhuma. Eu vou ser sempre a mesma pessoa, fazendo uma coisa diferente, claro. Mas nunca me preocupou o fato de ser vidraça não.

TB – A passagem pelo Bahia e o sentimento pelo Vitória podem deixar os torcedores com um pé atrás. Isso não vai atrapalhar?

PC: Acho que não. Sempre tratei tudo com muita seriedade. Sempre respeitei muito tanto o torcedor do Vitória, que eu sou ligado emocionalmente, tanto a torcida do Bahia, que eu sempre fui admirador. Eu não vou ter problemas nenhum não.

TB – Se arrepende em algum momento de ter aceitado o desafio no Bahia?

PC: Não. De jeito nenhum. Foi uma grande experiência.

TB – Voltando a trabalhar com esporte, vai aproveitar para contar tudo o que sabe dos bastidores?

PC: Não, não. Isso eu vou deixar para quando estiver bem velhinho eu vou escrever um livro.

TB – Vai guardar tudo para o livro?

PC – Não tenho muita coisa para falar não. Eu estou no meio do futebol e as questões internas de cada agremiação têm de ficar lá mesmo.

TB – Pensa em voltar a trabalhar diariamente no futebol?

PC: Eu estou ligado ao Bahia de Feira já com uma parceria aí que estou levando muita fé. Já estou envolvido. É um trabalho diferente. Eu não vou viver dentro do clube. Eu vou estar no clube sem viver dentro do clube.

TB – Como vai funcionar?
PC: A gente tem um projeto de fazer crescer o Bahia de Feira através da formação de atletas.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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