BA x VI marca reencontro do Bahia com o torcedor

O torcedor deu adeus à Fonte Nova há exatos 77 dias. A tragédia do dia 25 de novembro de 2007 causou a morte de sete pessoas e criou um abismo entre o Bahia e sua torcida. O fechamento do estádio, fadado à demolição, condenou o clube a vagar pelo interior, seja em Camaçari ou na casa do adversário, e originou um fenômeno bem pouco comum nos últimos anos: o da escassez de público.

É claro que os ingressos distribuídos pelo programa Sua Nota é um Show turbinaram os números dos anos anteriores, mas parece impensável tratar como natural uma média de 1.866 pagantes por jogo, com total de 9.330 pessoas em cinco rodadas como mandante. Assim, pode-se dizer que o desencontro termina hoje com a reaproximação entre o time tricolor e a fiel nação.

Depois de nove partidas pelo estadual e uma última pelo Campeonato Brasileiro da Série C 2007, o Bahia finalmente volta a atuar em Salvador. A primeira vez na temporada 2008. Apesar do clássico no estádio do rival, a maioria não esconde a euforia. “Vimos poucos torcedores em Camaçari: muito aquém do potencial do clube. Mesmo sendo o campo do adversário, acho que nosso torcedor vai melhorar sua presença”, satisfaz-se o técnico Paulo Comelli.

Fausto acompanha o raciocínio. “Jogar em Salvador é uma motivação extra. O estádio vai estar cheio e vamos reencontrar um público com o qual estávamos acostumados na Série C”, pondera, com a autoridade de ser o único no elenco que atuou os quatro clássicos do ano passado, mesmo que as recordações não sejam das melhores.

Dois empates, duas derrotas e um jogo bem vivo na memória. “A tensão é diferente e as falhas individuais pesam muito. A gente perdia por 5×3 até os 40, aí veio o empate e o alívio. Mas, numa bola espirrada, perdemos. Ficou a lição”, garantiu, vacinado após a lição no 6×5, último Ba-Vi na história da Fonte Nova.

Correio da Bahia/Adaptado

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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