Por quê a apaixonada torcida do Bahia NÃO se associa?

Diante do EXCELENTE POSICIONAMENTO do tricolor Gabriel Barreto (Veja), onde o mesmo no seu texto traz um um bálsamo, pois juro que fico frustrado com a desgastante defesa que faço desse posicionamento quase que solitário da ELITIZAÇÃO do futebol brasileiro, me contraponho a posturas equivocadas que contribuem gradativamente pelo desaparecimento da magia e popularização desse esporte. Feliz por perceber que NÃO estou sozinho. E ainda acrescento o baixíssimo nível do espetáculo no futebol brasileiro que NÃO vale nem UM REAL.

Ao citar através de amostragem os valores dos produtos que já chamei atenção que trata-se dum ABSURDO comercializar normalmente no Brasil, agravando-se quando pelo Nordeste, região onde reside maioria esmagadora de assalariados de teto mínimo. A pergunta é como um cidadão que recebe salário mínimo poderá comprar uma dessas camisas? Como alguém que recebe salário mínimo poderá pagar 60 reais todo mês para ser sócio do Baêa e ter garantido seu acesso em todos os jogos em casa, sabendo que deverá gastar em cada jogo com o transporte, talvez lanche, bebidas e provavelmente sozinho, nunca com o filho ou esposa?

É simplório defender o desgastado discurso de associação como solução, mas já foi feito alguma pesquisa para saber os motivos que esse projeto antecipadamente FALIDO não AVANÇA? Alguém consegue entender a indiferença duma torcida que na Série “C” conseguia botar mais de 60 mil, que poderia ser 90 ou 100 mil caso o Estádio tivesse como comportar? Por que essa torcida apaixonada NÃO se associa? Para MIM o motivo é EXPLÍCITO: O torcedor POVÃO não se sente inserido no novo patamar de elitização estabelecido para o time que ELE ama; não enxerga elementos motivadores para se associar, dentre eles um plano que possa assumir sem colocar muito em perigo o apertado orçamento mensal

Por que não um plano de sócio de 20 reais, com direito a voto e acesso a compra de ingressos a 10 reais, sendo o único com esse direito? Por que não ingressos a 20 reais e resgatar o POVÃO que está totalmente afastado, trazendo junto diversos benefícios agregados a um estádio sempre lotado? Se não quer estabelecer valores populares para 80% da ocupação, que estabeleça só para os anéis superiores que ficam sempre vazios. Por que não aceitar que o futebol jamais poderá ser elitizado, pois é o circo, faz parte da cultura popular de todos os brasileiros, independente da classe social? É um equívoco elitizar o futebol e EXCLUIR o POVÃO desse universo. O futebol é do POVO.

Precisa cair a ficha dessa galera cheia de diploma de gestão esportiva, que 80% dessa torcida é da classe social conhecida como POVÃO e enquanto dirigirem o foco para SÓ um lado minoritário, NADA terá sucesso, absolutamente NADA será bem sucedido. Antes da INTERVENÇÃO já venho afirmando isso, mas ainda não estão ACREDITANDO e estão pagando para administrar os constantes INSUCESSOS.

Lourival Leal de Paulo, torcedor do Bahia e amigo do Blog.







Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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