Preto no Bahia: Há de se ponderar e não se precipitar!

Vivemos essa dualidade angustiante. De um lado, nosso Casagrande tricolor que demonstrou ter crédito e apoio do grupo de jogadores, quem assistiu o jogo contra o Sport-PE, e depois diante de Chapecoense e São Paulo, viu um time presunçoso e mal intencionado no primeiro onde acabou derrotado por 3×1 na Fonte, e nos dois derradeiros outro completamente diferente no tocante à vontade e interesse pelo jogo.

Na derrota para o Sport-PE, foi nítido a pouca vontade no time em jogar bola. Apático e entregue em campo, com vários lances de desinteresse do time, além do de Matheus Reis que inventou de abaixar para amarrar a chuteira justamente depois que não foi na bola e o time tomou o terceiro gol pelo lado esquerdo. Só víamos Rodrigão e Jean mostrando vontade, estranhamente os demais não jogaram.

Parece que a teoria de descontentamento com Jorginho se confirmou, estava na Fonte Nova e fui testemunha ocular de dois “migué” do regular Matheus Reis. Em um dos lances presenciados, o lateral não foi na bola e depois simulou amarrar a chuteira no terceiro gol do Sport.

Nessa linha, Preto Casagrande já tem o que é mais importante para um treinador: A confiança do grupo. Quem não lembra de Andrade? Treinador do Flamengo no ano de 2009, quando foi campeão brasileiro, e depois veio treinar o Jacobina? Não era um técnico pronto, mas junto com os atletas fez o simples e levou o caneco brasileiro.

Doutro mote, tivemos algumas experiências com jovens treinadores sem sucesso recentemente. Podemos citar a guisa de ilustração o caso de Rogério Ceni no Tricolor do Cícero Pompeu. Até mesmo de Roger Machado no Atlético de Minas, em que pese ter tido relativo sucesso no Grêmio.

Temos casos também de sucesso com neófitos escalantes, como o filho do Furacão de 70 no Botafogo, Jair Ventura. Porém, o mais emblemático é o caso do Fábio Carille no impressionante Corinthians, apesar de já ter treinado times na base, diferentemente de Preto e Ceni.

Logo, há de se ponderar e não se precipitar, mas ficar vigilante. Pois até aqui os números com o manager interino do Bahia são satisfatórios. Dois jogos e 4 pontos conquistados dos 6 disputados sob comando de Preto Casagrande. Empate fora contra a Chape e triunfo em casa contra o São Paulo. Todos os jogos no Campeonato Brasileiro foram difíceis, vide Sport-PE e Avaí que eram 6 pontos certos e só ganhamos 1.

 

Anderson Freire, tricolor e amigo do Blog.



Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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