Marcelo Sant’Ana: um presidente “sui generis”!

Dando continuidade ao debate iniciado aqui na semana passada, quero dizer que Marcelo Sant’Ana, presidente do Bahia, realmente não tira leite de pedra, é a pura verdade! Assim como é verdade que ele tira pedra de leite! Quer queiram ou não, Marcelo é, sobretudo um presidente “sui generis”! Vejamos o porquê: E nem sei para que descrever, mas vamos lá… é atualmente o mais jovens presidente de um clube na elite do futebol. Quiçá na história dos vinte melhores clubes do país. Não é furto carcomido e criado pelos ex-donos de um time sem dono. Sua tribo era a mídia. Tem carisma, sabe como ninguém fazer uso da telinha.Algo relevante nos dia de hoje. Não é só novo, cronologicamente, em razão dos dinossauros, mas fundamentalmente, na coragem de enfrentar a mídia mais poderosa, que comando o Partido da Imprensa Golpista, se eles derrubaram a democracia, quem é Sant’Ana, para não ser também golpeado. Mesmo assim, rebelou-se contra a Rede Esgoto, e isso é um fato e não mistificação ou encenação do Marcelo, como alguém já sugeriu. Sugeriu não, afirmou que certos e pontuais posicionamentos do mesmo eram similar ao soldado brasileiro comunista, tipo uma melancia: sabe como é né? Verde pro fora e vermelho por dentro. Essa é velha!

Mas vale a pena, essa pequena tergiversação. E o que dizem, mas a cerca delas, há provas ou meras convicções. Hoje tá em voga na justiça kafkiana brasileira! Um tal de disse do que me disse, de quem ninguém disse, nem ouviu, gravou ou filmou? Cadê as provas matérias, objetivas, ou mesmo subjetivas de tais praticas demagógicas? Romper com a Rede Golpista é demagogia, aonde sua ousada atitude entrou no rol da arte de seduzir o povo. Onde há demagogia, nesse fato? E qual é essa agora de todo dia, entramos nessa de cotejar o velho e o novo, só essa comparação, já é por demais velha! Gerações e gerações perdidas, rockecidas de todos os matizes, sempre entram nessa de achar ou que nunca foi perdido, o que não faz sentido, achar que o velho, é melhor que o novo, ou vice-versa. Cada qual no seu tempo.

Maracajá teve sua época, teve seu passado, passou também bons e maus momentos, e o Sant’Ana, tá tendo o seu, se vai continuar tendo e fazendo um sucessor como os mesmos predicados e tino para soerguer o Bahia aí são outros tostões, quase da época dos que hoje estão pugnando por “Maracujá”, sei que é Maracá. Mas tanto faz, temos que ter muito discernimento nessa hora. Quanto ao Ivã, foi quem sabe o Santana que não deu certo! Em razão do mesmo conceito, do mesmo estigma, do mesmo efeito coletivo de quem construiu um Barradão ou de quem conquistou 88. Assim como a de 59. Forjaram-se mitos, e como tais imunes como Dorian Gray, ao envelhecimento, sobretudo de idéias, haja vista recentemente, entrevista de um dos mitos deles, os Vices, o tal Paulo bravata!

Que espírito desportivo e caráter para revelar ambos! É isso que o Bavi, precisa para remar pelos janeiros a fora? E voltando à comparação Paulo X Santana, o velho e o novo. Uns acham que o novo é uma cópia do Pereira e como tal nunca será igual, e que em relação ao Pereira Paulo, uns acham que o velho, poderá ser rejuvenescidos. Será o Paulo redivivo, encarnado com ideais dessa nossa nova era. Mas pensando assim, faço uma pergunta quem aí já tentou de boa, reencontrar amigos da infância, da adolescência, do colegial, da faculdade, que ao encontrá-los, reencontrou com a dura realidade, que eles também mudaram fisicamente e subjetivamente, a cabeça era outra não só embranquecida, mas sobretudo mudada.

E a realidade mata a saudade, mesmo quando matamos a saudade. O papo já é outro. E o Paulo de hoje, irreversivelmente, também mudou, e se mudou, jamais obviamente, será o Paulo de ontem. O Paulo de ontem era para ontem ou de hoje será iguais aos outros Paulos de outros clubes, a mesma mentalidade, colonialista, a mesma oligarquia, o mesmo conceito de ”Salvador da Pátria”, tipo vocês sabem, o tal do Vasco. Os tempos são outros e outros devem impostergavelmente, viverem no seu próprio tempo. E para mim reafirmo: – Marcelo não tira leite de pedra, faz mais que isso, tira as pedras do leite derramando sobre os desmandos de décadas de descaso, nas gestões do passado. E “Nada será como antes”, o novo certamente, sempre vence… como diria Belchior.


Lazaro Sampaio. Tricolor, parceiro e amigo do BLOG 





Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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