Rodrigão decide, Bahia vence a Ponte e se afasta do Z-4

Poucos acreditavam, ou diria esperavam (inclusive eu, não minto) um triunfo do Bahia contra a Ponte Preta em Campinas – onde os ponte-pretanos só haviam perdido até então para o Palmeiras e vencido os outros quatro jogos na Série A, imaginava até um empate que não seria um resultado trágico apesar da queda de rendimento dos paulistas na competição entrando na briga contra o descenso e se tornando um concorrente direto, no entanto, estamos falando do Esporte Clube Bahia, que por vezes complica o “incomplicável”, em outras surpreende quando menos se espera, não que vencer a Ponte lá seja algo impossível, mas pelo lado psicológico e desconfianças, que pelo visto foi trabalhado pelo técnico Jorginho, e ainda mais jogando com inteligência, eficácia e precisão para construir um placar expressivo.

Foi assim nesta quarta-feira no estádio Moisés Lucarelli quando teve FRIEZA e OBJETIVIDADE – algo que vinha faltando – para vencer a Macaca por 3×0, duas vezes com Rodrigão e uma com Renê Júnior, que mostrou o porque tanto clamamos por um legítimo camisa 9 depois de cansativas improvisações. O triunfo IMPORTANTÍSSIMO e NECESSÁRIO em jogo de 6 pontos quebra o jejum de SETE jogos sem vencer e marca o primeiro triunfo fora de casa do tricolor no Brasileiro, resultado que lança o Bahia para 13º com 15 pontos ainda de forma provisória, dando uma respirada e se afastando do Z-4, quem sabe o início de uma arrancada e agora pensando no Avaí, onde não terá Tiago e Zé Rafael (suspensos) além de provavelmente Rodrigão (lesionado).


RODRIGOL E O PAREDÃO JEAN

Primeiro tempo muito bom de assistir, bastante movimentado e com duas equipes buscando o jogo, é claro, cada uma com sua proposta e estratégia diante do cenário que se transformou a partida com o gol digamos inesperado precocemente do Bahia aos 3 minutos marcado por Rodrigão, de cabeça, em falta cobrada por Régis. O gol deu uma tranquilidade ao tricolor e aquela natural acomodação, o time recuou e passou a jogar nos contra-ataques estrategicamente apostando nos erros defensivos da defesa ponte-pretana, ainda assim apresentou alguns lances em jogadas de velocidade, na sua maioria saindo dos pés de Rodrigão, que mostrou muito empenho e referência no ataque dando trabalho aos marcadores.

A Ponte Preta, por sua vez, cresceu em campo pós-gol e com a inferioridade no placar a necessidade de buscar o resultado foi para o abafa, dominou e criou inúmeras oportunidades de empatar ou até mesmo virar o jogo, no entanto, entrou em ação outro personagem tricolor. O goleiro Jean, com algumas boas intervenções e defesas decisivas, conseguiu parar o ataque mandante e contou até com a ajuda da trave para garantir o 1×0 na etapa inicial.

QUEM NÃO FAZ?

No segundo tempo prevaleceu a lei da natureza futebolística, “quem não faz toma”. Os gols desperdiçados pela Ponte Preta no primeiro fizeram muita falta e o Bahia que não é besta nem nada, repetiu a dose na segunda etapa e aos 8 minutos emplacou o segundo, de quem? Rodrigão, demonstrando frieza para driblar Aranha e ampliar. A estreia como titular só não foi perfeita devido a lesão do centroavante na comemoração, deixando o campo para entrada de Ferrareis. Com o placar confortável, o Esquadrão se fechou novamente no campo de defesa e outra vez armou a arapuca para a Ponte que se lançou ao ataque de forma desorganizada deixando espaços atrás. Rápido e preciso, o Tricolor só precisou de um novo contra-golpe para bater o último prego no caixão ponte-pretano com Renê Júnior aos 39 minutos fechando o triunfo expressivo e fundamental por 3×0. 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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