CONTA-GOTAS DE ATAHUALPA Nº 4

BAHIA AGUARDA MARACAJÁ PRESIDENTE

Apesar de já esgotado este tema tão explorado durante a semana, principalmente pelas ilustres, respeitáveis sustentações, subscritas por Dinensen e Lourival, e hoje também o tricolor Torres busco dar um foco diferenciado. Preocupante que Maracajá afirmou não precisar do “dindim”, como diria aquele apresentador que bate na mesa. Com “todas as letras” diz o ex-dirigente que doará o salário que receber para as obras da Irmã Dulce.

Li, por aqui, que a maioria esmagadora dos torcedores do Bahia é contrária e se eleito haveria um milagre. Criei o subtítulo acima “BAHIA AGUARDA MARACAJÁ PRESIDENTE”, porque na verdade, não é o Bahia e sim a Bahia, pois o Vaticano está aguardando o segundo milagre da nossa saudosa Irmã.

Aqui, para nós, é um absurdo se aguardar este segundo milagre, quando o próprio Hospital Santo Antônio é um exemplo diário dele. Lembro-me da meiga e frágil Irmã Dulce, pequena e magrinha, com uma pasta debaixo do braço, subindo a ladeira da Rua Chile, buscando doações, no tempo que era universitário. Respondia ao meu bom dia, com uma voz tão fraca, espelhando o seu físico. Você que neste momento está lendo este texto vá ao local do túmulo da santa freira e fixem o seu olhar numa foto dela, lá existente. É incrível a energia que se recebe. Os tricolores que não querem Maracajá façam uma promessa: “vamos fazer uma vaquinha num valor superior ao que ele doaria. Amém”. Levem também os rubro-negros, para pedirem o milagre, para se evitar a segunda divisão.

O RETORNO DOS PAULOS


Essas precoces candidaturas, coincidentemente por dois de igual prenome, deverão ativar as mentes criativas das pessoas que têm queixas contra ambos, vislumbrando-os, hipoteticamente, como dois zumbis rivais surgindo, para a batalha final ou dois vampiros saindo do túmulo, para uma nova batalha imortal entre eles. O Presidente da FBF que faça uma boa proteção no seu pescoço. Não vale espalhar pasta de alho que se vende nos supermercados e sim o produto “in natura”.

Também não se pode desconsiderar que os dois deixaram apreciadores, reconhecendo o lado positivo, quando tinham o poder nos dois clubes, quer pelos títulos de Maracajá, quer pela derrubada da hegemonia tricolor, através do Carneiro. Discordo quando os menos jovens cospem nas gerações anteriores, com o preconceito de que os integrantes da terceira idade são incompetentes, cuja saliva indiretamente atinge os pais e avós. Esquecem muitos jovens, desempregados ou não, que o suor “incompetente” dos pais e avós, ainda no trabalho, está dando sobrevivência a vários deles e o pior também aos seus filhos.

DARINO SENA TEM RAZÃO.

Li revolta de poucos tricolores, cheios de melindres, porque o Darino chamou o Bahia e o Vitória de pequenos. Haveria festa, se somente o Vitória, mas se revoltaram, porque incluiu o Bahia. Fui ao seu artigo recente, para o devido julgamento. Não entendi a fúria contra o jornalista que é torcedor do Bahia. Inclusive, nunca tive simpatia por ele, por causa deste detalhe e pelo peso de suas cores, nos comentários sobre o rubro-negro.

Sinceramente, achei um bom artigo e verdadeiro, quando ele afirma que o Bahia e o Vitória entram no campeonato com um único projeto: NÃO CAIR PARA A SEGUNDONA. Ao contrário acho que ele protegeu o Bahia, pois fora contraditório, quando os números usados por ele, demonstram que o tricolor é menor ainda:

“Em 15 edições de Brasileirão de pontos corridos, o Bahia só esteve presente em seis; o Vitória, em nove”

“Nos pontos corridos, o Bahia nunca conseguiu passar da 12ª posição. O Vitória só ficou acima dos 10 primeiros duas vezes – em 2008 e 2013.” (Obviamente o Darino evitou a ressalva que o Vitória em 2013 foi o quinto)

Veja aqui:


VITÓRIA CONTRATA NORTE-AMERICANO

Meu querido clube, que no momento passa por uma fase não merecedora, acaba de contratar Nick Okorie, norte americano de 28 anos, natural de Minnesota. Já jogou na Alemanha, Áustria, Dinamarca e Finlândia. Um grande reforço para esta temporada. Para o futebol? Não, para o basquete. Paciência…, mas é importante este investimento.

CIDADE TRICOLOR e ARENA RUBRO-NEGRA

No final do ano passado, salvo engano, os tricolores festejaram um provável acordo com a OAS, mas depois tudo se encontra em silêncio. Nunca mais lemos sobre este assunto. No Vitória, Raimundo Viana já estava iniciando execução do projeto, para melhoria no Barradão, transformando-o numa arena. Li aqui muitos opositores dizendo que o certo é investir no futebol. Inclusive, a chapa vencedora assim entendia. Resultado? O pai da criança desta “revolução” saiu do Vitória e o padrasto acaba de pedir licença. Gastaram muito, para montar uma equipe vencedora e agora? Sem time confiável e sem arena.

OS ÚLTIMOS RESULTADOS DO VITÓRIA E DO BAHIA

O Vitória ontem, vergonhosamente (apesar da péssima arbitragem), perde para um concorrente direto. Um jogo de seis pontos. Ouvi e li tricolores afirmarem que iriam vencer tranquilamente. Bahia perdeu de 3 x 0, mas terminou, para muitos torcedores, com um troféu, ou seja declaração do técnico santista de que o placar fora injusto, que conforta e faz entrar em êxtase os nanicos que o Darino destacou. Os equilibrados perguntariam “por que sofremos três gols e não fizemos nenhum?”

Quanto ao Vitória, só a morte derrota a esperança. Tudo é possível. Não sei se estou enganado, mas em 2003 o Goiás terminou o primeiro turno em situação igual ao Vitória e se recuperou, classificando-se no final em nono lugar. O Bahia caiu em 24º, terminando na lanterna e o Vitória no 16º.. Naquele ano, campeonato com 24 equipes. O problema hoje que não temos qualidade no campo e na direção. Uma tristeza este Vitória.

Quanto ao Bahia, não se iludam, continuará lutando, para não ser rebaixado, porque realmente no campeonato brasileiro, Série A, todos nós somos nanicos, como bem disse o tricolor Darino Sena, pois a nossa meta sempre será esta, enquanto estes incompetentes pousarem na gestão dos clubes e na FBF.

TV NO AR

Obviamente, no futebol há muitos “causos” promovidos, por nossos atletas e dirigentes. Há muitos anos, dizem, um determinado técnico, estando na Bahia, pediu ao jogador, para verificar se a “TV estava no AR”. O atleta retornou e respondeu: “Não senhor, está sobre a mesa”. Lembrei-me, quando criança, de um prefeito do interior da Bahia, que teve uma saída inteligente. Chamou a secretária e deu a seguinte ordem: “Mande um ofício, convocando os vereadores, para uma reunião na sexta-feira”. A secretária perguntou: “Sexta se escreve com “x” ou “s”?, Responde o Prefeito: “Antecipe para quinta-feira”.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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