Cadê o Bahia de Marcelo Sant’Ana arrasa-quarteirão?

Depois do apito final do jogo contra o Atlético-PR e até a quinta rodada (mesmo com os reveses nas 2ª e 3ª) propagou-se que nunca antes o Bahia tivera um início de série A tão “arrasador”.

Terminada a décima rodada, penso que há uma amostra qualitativa que permite análises e comparações mais pertinentes: 25% da competição foi executada; número idêntico de jogos dentro e fora de casa; confrontos com times de todos os perfis: pequeno, médio e grande, ou seja, o resto do primeiro turno não trará nenhum “fato novo”, porque todos os times que virão encaixam-se no perfil ou do At-GO ou do Coritiba/At-PR ou do Corinthians/Grêmio. Logo, já se tem uma amostra que autoriza fazer interpretações e comparações plausíveis, embora limitadas, parciais e, sobretudo, sem pretensões preditivas, porque esta amostra não tem validade estatística.

Ora, quando se olha o rendimento do Bahia de MS na série A, conclui-se que, de fato, ele está “arrasador”: ele está arrasando as expectativas dos torcedores DO Esporte Clube Bahia. Quando se faz a comparação do rendimento na fase inicial da competição entre o Bahia de MS e o Bahia de Anderson/Cristovão (2013), este nada de braçada, ainda que o Clube estivesse imerso no caos político e administrativo.

Em 2013, terminada a décima rodada, o Bahia estava com 16 pontos (53%) e já tinha vencido fora de casa duas vezes (Inter e Botafogo, nesta rodada o Bahia foi o mandante, mas o jogo foi no Batistão). Na prática, o Tricolor já tinha vencido três jogos fora de casa, porque o jogo da 11ª rodada contra o São Paulo foi antecipado (terminada a 11ª rodada, o Esquadrão tinha 19 pontos (58%)).

O aproveitamento dele como visitante, até a 10ª rodada, foi 40%; em 2017, 7%!!! Dentro de casa, o aproveitamento de 2013 foi 67%; agora, 60% (cadê o “mito” de o Bahia ter se tornado o “fodão” em casa com MS? Só se for quando se confronta com gente que ou almoça ou janta…).

Como não existem regras que ditem o que deve ser tomado como “inicio” do campeonato, há duas saídas para os que querem fazer do Bahia de MS o “arrasa-quarteirão” da série A, quando comparado aos Bahias de antes: considerar apenas a primeira partida (entre a 2ª e a 5ª, o Bahia de 2013 rivaliza em aproveitamento; entre a 6ª e a 10ª o Tricolor de Anderson/Cristovão vence) ou esticar o “início da competição” até a rodada em que o Bahia de 2017 ultrapasse, se ultrapassar, o rendimento de 2013.

Caso contrário teremos de esperar 2018 para que o “feito” de Anderson/Cristovão seja superado, isto se, neste ano, MS não deixar o Clube no lugar onde ele o encontrou. Nem quero imaginar como estaria o Bahia nesta competição se MS não tivesse montado uma “estrutura sólida” enquanto esteve na série B… (Em 2011, logo após a ascensão que demorou 7 anos e sem o “garganteio” de que tinha subido bem estruturado, o Bahia estava com 10 pontos na décima rodada e já tinha vencido dois jogos fora de casa, um deles contra o Fluminense, o campeão brasileiro de 2010 e terceiro colocado em 2011).

No ano que vem tem mais Baianão e Nordestão para o Bahia dos gestores modernos ofuscar até o Sol!

Os mentirosos profissionais e as Alices “amnésicas” querem apagar a história do Esporte Clube Bahia para que possam distorcer os fatos descaradamente e, ainda assim, dormir o sono dos “puros e justos”.

Dinensen – Torcedor do Bahia e amigo do BLOG 

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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