Bahia e Vitória caminham para a beira do abismo

Chegamos a quase na metade dos jogos do primeiro turno, ou praticamente ¼ do total. A realidade nos impõe a dividir a classificação geral em duas partes. Uma dos tradicionais clubes que buscam o título, que de origem são doze, hoje onze, por causa do rebaixamento do Inter. Outra parte dos tradicionais que buscam o não rebaixamento, que hoje são nove, entre eles os baianos.

Dos candidatos ao rebaixamento, para alegria deles, sempre está havendo exceções com a queda de um dos tradicionais, o que sobraria, em tese, a fuga de três vagas para a segundona, em vez das quatro. Vejam separadamente as classificações, conforme a nossa realidade:


Para nós baianos

Para nós baianos, ainda não há um desespero enraizado, pois servindo de parâmetro a classificação depois da nona rodada do ano passado, o Cruzeiro era lanterna, seguido pelo América Mineiro, Botafogo e por último o Sport, todos com oito pontos. Como visto, dos quatro últimos, na época, só o América foi rebaixado e os três restantes escaparam.

Contudo, a situação começa a se complicar, logo no início do campeonato, pois Coritiba, Chapecó, Ponte Preta e Atlético do Paraná demonstram mais força, para continuarem na Série A e sobrariam 5 clubes fugindo do Z4.

Preocupa-me, com a situação do Vitória, obviamente por ser rubro-negro. Em pausa nas paixões, acho que há de se cobrar mais do Vitória, pelas promessas de seus dirigentes e pelo investimento feito no início do ano. Gastaram em demasia, sem resultados. O Ivã se enfraquece diariamente (se algum dia fora forte) e deixa a transparecer estar perdido, no tempo, no espaço. Lembrei-me até daquele seriado na TV que assistia quando criança: PERDIDOS NO ESPAÇO. Existia o doutor Smith, interpretado pelo ator americano já falecido Jonathan Harris, quando havia trabalho coletivo ele dizia: “Ai que dor, ai que dor!” e se omitia. Era humoristicamente desastroso. Para matar saudades dos menos jovens, ou sejam os amigos Dalmo, Eliel, Lourival, Paulo Fernando e outros, vide: AQUI

Temos tempo ainda, mas o sinal está brilhantemente aceso, no amarelo. Precisamos com urgência colocar o Vitória no trilho devido. Hoje, o nosso rubro-negro tem um aproveitamento vergonhoso de 29,6%.

E o Bahia? Li por aqui textos, informando que o tricolor tinha um time mágico, o melhor ataque brasileiro, a melhor defesa. Os atletas não corriam e sim flutuavam, o Presidente deixou de ser estagiário, para ser um mestre graduado, etc. etc. Estranhável, que, apesar destes festejos, o Bahia se encontra a 1 ponto da Zona fatal e seu aproveitamento é de 37%, igualmente vergonhoso.

Os dois clubes não precisam de torcedores “chapa branca” e sim (e muito) dos corneteiros de plantão, sem eles não há salvação, valeu a rima.

ATAHUALPA – Amigo e colaborador do BLOG

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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