Futebol: Bahia e Marcelo Sant’Ana continuam LERDOS

Sem nenhum jogador contratado para o início do Campeonato Brasileiro, que acontece já no próximo Domingo, enfrentando o Atlético-PR, exceto o goleiro Rafael, para ser o TERCEIRO goleiro numa clara indicação que o goleiro Jean TEM de ser titular por decisão de diretoria, o Bahia não tem pressa, não tem agonia para reforçar o grupo que, até então, é PERDEDOR (aliás, afirmação também dita no início do ano pelo vice-presidente, Pedro Henriques, se referindo na ocasião, acerca da contratação de um goleiro e uma sombra do Hernane). Moral da falta de agonia: O goleiro só foi contratado agora (nem anunciado foi) e o tal sombra para o Hernane, que foi Gustavo. Isto sem agonia, ainda que tenhamos fato novo: foi eliminado da Copa do Brasil pelo modesto Paraná e despachado pelo Vitória, no pobre Campeonato Baiano, numa demonstração dentro de campo que o time não é confiável e precisa de ajustes.

Portanto, a história se repete e assim, como em anos anteriores, o Bahia só vai buscar reforços quando os problemas previsíveis aparecerem na tabela de classificação e, ai, vem com aquela velha e conhecida história: VAMOS FAZER uma campanha de RECUPERAÇÃO, isto lá na 17ª rodada, como aconteceu no Brasileiro da Serie B em 2015, com a saída do técnico Sergio Soares e a contração de 9 jogadores. Moral: Sem sucesso. No ano 2016 melhorou, a REFORMA chegou na 11ª rodada, com a contratação de sete jogadores e o técnico Guto Ferreira. Moral: com sucesso na última rodada, sendo derrotado por um time que fazia festa pela classificação antecipada e se salvou pela derrota de terceiros.

Os testes e os consequentes ajustes anunciados exaustivamente que seriam feitos no decorrer no Baiano, não aconteceram ou todos estão aprovados e que não existe necessidade e, se houver, elas podem esperar o tempo que precisar, repito, justamente como em anos anteriores.

As tais observações serão realizadas dentro do próprio Brasileiro da Serie A. Mas entendo, para a fumaça sair, o FUMO precisa entrar primeiro. Talvez seja essa a lógica para a conhecida lerdeza da direção do Bahia, com suas crenças e convicção, todas elas fracassadas, quando o assunto é futebol.

Hoje o diretor Diego Cerri, em entrevista ao GLOBO ESPORTE, admite que busca um atacante para o elenco, mas faz questão de lembrar: não há pressa, não há agonia alguma, como se o clube tivesse um substituto de Hernane, que não é grande coisa e está lesionado dentro do elenco.

– Estamos acompanhando a movimentação. Na verdade, o Bahia está trabalhando com o pé no chão, numa política de não estourar nosso orçamento, priorizando manter o bom ambiente, o salário em dia. Mas também está buscando no mercado novas opções, porque o nosso elenco a gente julga que ainda está enxuto para o Brasileiro, que é uma competição longa, 38 rodadas. Além de ter mais peças, precisamos qualificar um pouco mais. Então a gente está atento ao mercado. Não vamos sair correndo para contratar e aí errar na contratação. A gente prefere ser bem cauteloso, estudar, sem perder tempo, lógico, com agilidade. Fazer os melhores negócios possíveis – avaliou o dirigente.

Não necessariamente um atacante fixo de área. Mas atacante em si é uma das opções que a gente está buscando, sim. Ou atacante misto, que possa fazer um pouco mais de velocidade também à frente. A gente está avaliando o que existe no mercado, conversando com muita gente, mas não escondo que é uma posição que estamos buscando. Mais um atacante ou dois para reforçar o nosso elenco. […] Uma coisa que nós achamos interessante e que não queremos perder é a capacidade da equipe de criar. Então a equipe trabalhou com mais mobilidade na frente, atletas que não ficaram tão estáticos, tão fixos num local só. […] Então, assim, a gente quer mais opções não para engessar o time, mas opções para qualificar cada vez mais, para ar mais possibilidades para o treinador, para variar o jeito de jogar, com mais atacantes de mobilidade ou com mais um fixo na frente – concluiu.

Quando vêm as contratações?

– Acredito que possa ir chegando. Talvez, durante o campeonato, a gente tenha a oportunidade de ir reforçando aos poucos também. Mas, para esse início, a gente precisa de um ou outro jogador para dar mais opções para o Guto. Na verdade, são oportunidades. Zé Rafael foi uma negociação boa para o clube. Um atleta que estava disputando a Série B no Londrina, que ainda tem um nível de salário, que está começando a aparecer mais para o futebol, então o salário é um pouco mais baixo… Então é uma contratação do tipo que a gente tem interesse em fazer. A gente fez algumas dessas, gastando pouco, jogadores que estão tendo oportunidade de jogar, se adaptando bem ao clube, e que a gente espera que tenha um crescimento no Brasileiro. Mas a gente não descarta também empréstimo, depende. Cada negociação se apresenta de uma maneira. A gente não vai perder jogador por eleger se é por empréstimo ou em definitivo.

– A gente não tem uma definição exata, porque o campeonato é muito longo e nesse percurso aparecem oportunidades interessantes. Então eu prefiro não pré-estabelecer agora. Mas, para esse início, as primeiras rodadas, a gente está atrás de alguns jogadores pontuais para fortalecer um pouco mais o elenco, qualificar um pouco mais, para dar mais opções para o Guto também, para mexer. E uma dessas posições é o ataque.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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