Jogo morno, golaços e pai babão. BahiaB 2×0 Jacobina

Ontem foi um jogo atípico. Apenas 6000 testemunhas num jogo do Bahia, estreia do time em Salvador no ano, um horário ruim, lá em Pituaçu e a PM ainda resolveu piorar as coisas fazendo blitz no Bonocô, perto da hora da partida, para engarrafar a zorra toda. Mas ainda assim fomos lá prestigiar o Esquadrão. 

A maior atração do jogo (pra mim) foi a felicidade de meu filho, Thor Cerqueira, em sua estreia no PituAço. Cantou, aplaudiu, dançou com a Bamor, torceu, comemorou gol, abusou o vizinho de arquibancada, fez a festa. 

Em campo a gente não tinha muito o que avaliar. O Jacobina vem passando por problemas terríveis. O presidente do clube chamou os empresários da cidade de covardes por não apoiarem o time, o técnico Paulo Sales (ex-jogador do Bahia) saiu do time pouco antes do início dessa bagunça apelidada de Ednaldão, Ricardo Silva (o eterno tapa-buracos do rival) exerceu sua função e pegou o jegue andando… complicado. 


Do lado Tricolor o Bahia realmente assumiu que o importante é a Copa do Nordeste e colocou os reservas para jogar. Talvez uma resposta aos absurdos de um campeonato que só é bom pra quem ganha. Um campeonato tão bagunçado que coloca gandulas para carregar backdrops após os jogos. Um campeonato que coloca juízes para treinar dentro do CT do time beneficiado com erros de arbitragem na final do ano passado. Que chega ao absurdo de colocar ambulâncias, sem nada dentro, em partidas no Pituaçu. Onde times falidos protagonizam espetáculos dantescos, como a falta de dinheiro pra pagar o ônibus dos jogadores ou deixam um técnico recém-demitido após uma partida, sozinho na cidade para ele se virar pra voltar pra casa. Então, parece realmente, que o Bahia só vai dar importância às finais. 

Mas, apesar de tantos reservas, 8 no total, o Bahia fez sua parte. Uma defesa sem sustos, um meio de campo pouco criativo, um ataque que se movimentava muito mais que o titular. Assim era o Bahia na partida. Com Jean insistindo na maluquice dos chutões, Mateus Sales nervoso demais, Cajá com lampejos de jogador e um trio de atacantes complicado. Esse Gustavo, que joga no Bahia querendo fazer história no “Curintia”, é horroroso. Diego Rosa precisa melhorar muito para ficar ruim. E o Zé Rafael era a única coisa mais ou menos.

No meio, Edson resolveu aparecer partida e saiu rompendo a zaga jacobinense até deixar o Zé Rafael no bico da grande área, sozinho. Aí foi saco. Nascia ali o primeiro gol do Bahia no ano, após 3 partidas. 1×0.

Aliás o Zé Rafael foi a grata surpresa da noite, ao lado do Edson, nesse primeiro tempo. 

No segundo tempo, Juninho resolveu virar o protagonista da partida. Com viradas de bolas, com uma tentativa de gol de falta ainda no campo do Bahia, toques e enfiadas de bolas precisas. Fez o que Cajá (que nem foi tão mal) deveria fazer. É o volante mais meia do Tricolor. Numa cobrança, agora perto da área, deu números finais a partida morna com um golaço. 2×0.

Tirando isso o segundo tempo só teve de bom a participação do menino Juninho Capixaba. O lateral esquerdo mostrou que vai brigar com os medalhões pela posição. Jogou muito bem e chamou a atenção da galera em PituAço. Mas depois do gol de Juninho a Torcida já pedia mesmo era o fim da partida o dia seguinte era “dia de branco”.

Agora, o ex-craque Eliseu Godoy, vir dizer que o time fez uma péssima partida, entendam como coisa de ex-funcionário ressentido. Não houve nada disso. 

Bora Baêa Minha Porra! Vai ser difícil empolgar torcedor com time reserva no Baiano. Mas nossos reservas passando sem sustos, e titulares do rival sofrendo pra não tomar empate no final das partidas, pode ser até um incentivo pra Nação. 🙂 

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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