Copa do Nordeste, ou muda ou terá que ser extinta.

O baixo interesse pelos campeonatos estaduais se apresenta de forma clara. O BA-VI que decidiu o Campeonato Baiano de 2016, registrou um publico de apenas 20 mil torcedores em jogo em dia de Domingo e em plena Fonte Nova e com chances iguais para ambos. Não era um campeonato já decidido, logo todos os atrativos naturais presentes.  A primeira rodada do Campeonato Pernambucano em 2015, registrou uma media de 36 mil torcedores, em 2016 caiu para 25 mil torcedores, em 2016 apenas 12 mil e em 2017, 8 mil torcedores em números aproximados.

Na primeira rodada do Campeonato Baiano no dia de ontem a média foi de 1.700 por jogo. Enquanto isto, clube comportam folha de pagamento que supera a casa de 3 milhões de reais. De quem é culpa? Futebol de má qualidade? Campos cheios de buracos e iluminação do estilo Fifó e TV pagando preço de Picolé para os clubes?Clubes que não oferecem competitividade? Campeonatos que antes de começar já é possível anotar o vencedor com grande margem de acerto?

Não, pelo menos assim pensa o presidente da Federação Pernambucana, segundo ele em entrevista ao site JC de Recife, a culpa é da Copa do Nordeste que está desvirtuada e pode tirar cerca de 14 mil empregos diretos, inclusive o dele, acredito, além de está matando os estaduais e por isto precisa mudar ou acabar para sempre

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A baixa média de público da 1ª rodada do Pernambucano (2.889 torcedores/partida), no fim de semana, acendeu a luz de alerta na Federação Pernambucana de Futebol. Preocupado, o presidente Evandro Carvalho fez pela manhã contato com as outras federações nordestinas para saber como foi a presença de torcedores nas largadas dos demais Estaduais e também se deparou com números ruins. Por isso, decidiu liderar uma comitiva com oito mandatários à sede da CBF, na próxima quinta-feira (2/2), no Rio. Em pauta, um apelo: para que a Copa do Nordeste tenha sua fórmula de disputa alterada a partir de 2018.

Evandro apontou vários fatores que contribuem para a baixa média de público na largada dos Estaduais, como a violência e a crise financeira que afeta o País na atualidade. No entanto, para ele, o principal é a concorrência com a Copa do Nordeste. “Do modo que está (a Copa do Nordeste), com 20 clubes e quatro meses de disputa, não dá. Ou o Nordestão volta a ser uma copa, iniciando e terminando antes dos Estaduais, ou tem que ser extinto”, disparou Evandro, que cobra a Copa do Nordeste com 16 clubes e realizada em tiro curto a partir do ano que vem.

“A Copa do Nordeste está desvirtuada. A CBF misturou futebol e política e estrangulou os Estaduais. Não temos mais datas. Os Estaduais na região passam por dificuldades, mas estamos num momento de reviravolta. Temos que resolver isso de uma vez por todas. Não podemos mais esperar”, disse o mandatário da FPF, lembrando que os Estaduais no Nordeste geram cerca de 14 mil empregos diretos. “Se os Estaduais acabarem, estaremos contribuindo ainda mais para a crise que afeta o País”, completou, lembrando que o Pernambucano é o único Estadual da região com superávit.

Além da concorrência com a Copa do Nordeste, Evandro apontou outros fatores para a queda de público nos Estaduais. “Em Pernambuco, sabemos que a extinção do programa Todos com a Nota teria um impacto grande no público. A crise financeira que abala o País é outro fator negativo. Tem também a questão da violência, que assusta os torcedores de bem. Além disso, é início de competição. O Náutico não teve o fim de Série B que se esperava, enquanto o Santa Cruz foi rebaixado”, disse. “Mas não temos dúvidas que, à medida que o campeonato aquecer, a média de público vai subir”, completou Evandro.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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