Bahia afrouxa de novo fora de casa e segue fora do G-4

O Esporte Clube Bahia voltou afrouxar e decepcionar seu torcedor jogando fora do seu cercado, dessa vez conseguiu a proeza de empatar com o fraquíssimo time do Oeste, 16º colocado da Série B, neste sábado na Arena Barueri em São Paulo, queimando a língua do técnico Guto Ferreira que afirmou com toda convicção do mundo que o clube necessita apenas das próprias pernas para garantir o acesso. O resultado é lamentável e totalmente desanimador para as pretensões do tricolor que precisava de um triunfo simples para voltar a integrar o G-4. Com o empate amargo, o Esquadrão acumula o sexto jogo consecutivo sem triunfar longe de Salvador e permanece estacionado na 6ª posição agora com 50 pontos, ficando assim há 2 pontos do quarto colocado Londrina e 4 pontos do terceiro Avaí.


O primeiro tempo não apresentou nada de empolgante, nada que se tirasse proveito ou enchesse os olhos. Marcou o equilíbrio entre as duas equipes, contudo, faltou mais disposição e agressividade. O Bahia mais uma vez não conseguiu se impor fora de casa, mesmo enfrentando um adversário fraco, num estádio com o gramado em perfeitas condições e sua torcida presente em bom número. Um time disperso, sem ambição, sem inspiração, sem sangue nos olhos, longe daquilo que pode apresentar e que o seu torcedor esperava ver, aliás, já perdi as contas de quantas vezes utilizei essas palavras quando o Bahia joga longe de Salvador. Sorte que o Oeste é muito inferior, não é atoa que luta desesperadamente contra o rebaixamento, mesmo assim os paulistas fizeram uma partida até sólida dentro da sua proposta de jogo e diante das suas fragilidades. As únicas oportunidades do tricolor saíram dos pés de Edigar Junio, que perdeu gol incrível, diria a única boa dos primeiros 45 minutos, e Wesley Natã, finalizando de fora da área para fora.  

O Bahia voltou para o segundo tempo da mesma forma que foi para o intervalo, sonolento e sem vibração, viu o Oeste crescer na partida e amadurecer o seu gol que pintou aos 13 minutos em bela cobrança de falta do meia Pedro Carmona. É estranho dizer isso, mas o gol adversário fez “bem” ao Bahia que acordou em campo e mesmo na base da desorganização buscou o empate seis minutos depois com a colaboração do zagueiro Bruno Silva marcando contra o próprio patrimônio. A equipe ganhou mais mobilidade com as entradas de Misael e Régis e até criou algumas chances reais de virar o marcador, contudo, esbarrou novamente na falta de eficiência e competência, somou mais um tropeço fora de seus domínios, um ponto amargo que não contribui em nada e tampouco altera a posição tricolor que continua atolado na 6ª posição com 50 pontos e ainda sonhando com a Série A graças ao Luverdense que derrotou o Náutico e manteve as possibilidades de acesso do tricolor. 


A sina continua, e o sofrimento também! 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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