Bahia e Vasco é aquele jogo que está nitidamente numa série errada? Jogo de Série A, na série b. Diferente do penúltimo jogo do América-MG. Jogo de série b na Série A. Mas vamos ao jogo.
Fala, Nação Tricolor! Que jogão da porra! Se esse era o melhor time da série b e perdemos por dois vacilos de Lomba, as coisas tendem a melhorar.
O Bahia encarou o Vasco, em São Januário, com uma marcação surpreendente. Marcando em cima, diminuindo os espaços, forçando o erro do adversário e saindo rápido no contra-ataque. Num deles Hernane tabelou com Danilo Pires (que ganhou a titularidade hoje) e quase abre o marcador. Mas aí Lomba fez uma besteira e tomamos o primeiro. 1×0 pros caras.
O Bahia não se intimidou e continuou pressionando e marcando forte, chegando na frente. Até que num escanteio Lomba espalma pra baixo e deixa no pé do zagueiro dos caras que amplia. 2×0. Desespero no whatsapp. Mas confesso que tinha certeza que o Bahia iria empatar. O tiem tava bem, mesmo jogando sem 1 (Tiago Ribeiro) encarava os donos da casa e pressionou o primeiro tempo todo. No intervalo falei num grupo: Sai Tiago Ribeiro e Edigar Junio e as coisas se resolvem. Mas pra minha surpresa Doriva voltou ainda mais ofensivo, com Juninho no lugar de Paulo Roberto também.
O jogo ficou aberto e o Tricolor foi pra cima buscar o empate. Num contra-ataque de cinema João Paulo dispara, tabela com Cajá, vai na frente e cruza. Hernane ajeita e Luisinho broca. 2×1. Nem bem tínhamos parado de comemorar o primeiro, Edigar Junio lança pra Luisinho que erra cruzamento. Na sobra, Luisinho acha Edigar, que toca pra Hernane, que abre pra Tinga cruzar e Danilo Pires completar de cabeça para empatar.
Bahia em cima, buscando o terceiro, eis que numa jogada de linha de fundo o miserável do Picaxu acha Nenê solto. O xibungo acerta um golaço e coloca o Vasco na frente. 3×2. Logo depois a bola sai completamente, o juiz manda o lance seguir e a zaga do Bahia faz falta. Nenê cobra com maestria e amplia a vantagem. 4 x 2.
No finzinho, no bate rebate na zaga cruz-maltina o Bahia consegue diminuir novamente. 4×3. Mas dessa vez, não veio o empate.
Bora Baêa Minha Porra! Sinceramente, apesar da derrota, gostei do que vi. A zaga vacilou muito, com Lomba entregando 2 e Nenê acertando 2. Mas o time jogou bem. Compacto, marcando em cima, pressionando no campo do Vasco, não se intimidou e Doriva ainda adiantou o time no segundo tempo. Não fosses os vacilos individuais teríamos tido mais sorte no resultado. No mais estreamos Cajá, reestreamos Edigar Junio, jogamos Tiago Ribeiro pra comer banco um pouquinho e até Luisinho entrou bem. O triunfo não veio e vai ter que sobrar pro Timbú, na terça. BBMP! VAMOS SUBIR, ESQUADRÃO!
PS. Na saída da pós peguei um táxi e vim conversando com o Sr Carlos Bahia. Quando soube que eu escrevia para um site de esportes me pediu pra mandar um recado ao Presidente Marcelo Sant’ana, o qual transcreverei na íntegra: “Presidente, contra um Pai de Santo pro Bahia. Tá faltando isso. Desde Lourinho e Alemão estamos sem isso. E olha o que acontece. É bola que não entra, erro de arbitragem, falha individual.” Depois de muitas risadas e histórias sobre o futebol da década de 60 e 70. Agora, depois do jogo. Começo a ficar em dúvidas sobre a “orfandade -de-santo” do meu Tricolor. 🙂