Wilson Pittoni diz que foi humilhado no Bahia

A
continuação do volante Wilson Pittoni no Esporte Clube Bahia é ainda incerteza,
o contrato do jogador se encerra em 31 de janeiro. O Bahia fez uma proposta, o
jogador não aceitou, fez uma contraposta, mas isto antes das férias e a coisa
parou, até por que o clube entrou na turbulência da eliminação do Campeonato
Brasileiro. 

O jogador, entrou de férias e tem embarque agendado para Paraguai na próxima segunda-feira,
antes disso, postou uma espécie de despedidas nas rede sociais, MAS hoje deu
entrevista à TV Bahia e ao Jornal A Tarde onde às lágrimas, criticou os
técnicos Charles Fabian e Sérgio Soares, e se disse ter sido humilhado no
Bahia, no entanto, reafirma que quer continuar no clube e não tem qualquer
acerto com o Esporte Clube Vitória.


Veja abaixo o vídeo e a entrevista concedida a Tiago Lemos do A tarde


Você
se sente injustiçado?

Nunca
conversei com o presidente [Marcelo Sant’Ana] pessoalmente, só com o diretor
[Alexandre Faria]. Falei que queria [renovar o contrato] por mais anos e pedi o
aumento que é normal. Nunca eu pedi meu dinheiro ao Bahia, nunca liguei para o
presidente para pressionar, nunca procurei a Justiça para buscar o dinheiro que
tá me devendo até agora [referente a 
2014]. Fiquei quietinho. Depois, começaram os problemas comigo.

E
o valor do salário que você pediu?

Normal,
dentro do padrão do elenco. Só que, no futebol, tem política e malandros,
infelizmente. Por isso que o presidente tem que falar com o jogador junto com o
diretor, ou o presidente falar sozinho com o jogador.

O
diretor que você tanto fala é o Alexandre Faria?

Sim.

Algo
para falar sobre o presidente Marcelo Sant’Ana e o vice, Pedro Henriques?

Não
posso criticar o presidente e o vice, são muito novos no futebol, apesar de o
Marcelo ser inteligente e entender tudo. São novos. E se um cara experiente,
malandro, rodado, pega gente nova no futebol, é óbvio que vai colocar muita
coisa na cabeça dele.

Então,
a diretoria deu muita confiança ao Alexandre Faria?

Muita
confiança. O América-MG não subiu por dois anos e até seu presidente, acho que
colocou uma brincadeira no Twitter, que a maldição ele mandou para o Bahia. O
América subiu depois que o Alexandre saiu.

Você
é o quarto maior ladrão de bolas do Bahia na Série B. O que acha das afirmações
de que você não marcava?

É
uma coisa absurda o que eles falaram, que era opção do treinador, que eu não
tava marcando ninguém, que eu não tinha dinâmica, que eu não fazia nada. Então
não sou jogador. São coisas que eles só colocaram para me tirar do time. Tinha
gente ali que não queria que eu jogasse.


Contra
o Sampaio Corrêa, a torcida fez barulho na Fonte Nova por sua entrada em campo.
Lembra?

Foi
lindo. Dava para eu entrar naquele jogo porque o Cicinho machucou. O treinador
[Sérgio Soares] chamou Railan e tirou Cicinho, onde poderia me colocar e botar
Yuri para a lateral.  Aconteceram coisas
assim. Quando lembro, fico triste e com raiva.

O
Sérgio Soares se perdeu?

Sérgio
fez um trabalho muito bom. Ele é um dos poucos que fala com o jogador. Colocou
todo mundo para jogar. Foi um dos melhores treinadores que eu já
trabalhei,  mas depois ficou confuso
porque começaram a colocar na cabeça dele algumas coisas e ele perdeu um pouco
do que vinha fazendo. Ele se perdeu. É difícil. O elenco sempre o apoiou.

Você
teve alguma conversa direta com o Sérgio Soares e o Charles Fabian sobre sua
situação?

Com
o Sérgio eu sempre conversava. Com o Charles, nunca.

O
elenco aprovou a efetivação de Charles Fabian?

N
ão
existiu uma insatisfação. O Charles tinha uma grande chance de colocar o Bahia
na Série A e ser reconhecido. Vai ser um treinador muito bom, só que ele
precisa entender que todo jogador quer ajudar o Bahia, seja argentino,
paraguaio, chileno, africano. Isso foi o grande erro.

Charles
criticou parte dos jogadores contra o Botafogo. Pegou mal?

Você
não quer perder o jogo, e o treinador fala isso na entrevista. Óbvio que pega
mal num plantel. Contra o Santa Cruz, ele jogou a culpa sobre o Maxi.

Por
que o Bahia não subiu?
Nós,
jogadores, temos culpa, sim, mas teve gente que mexeu no trabalho de outra
pessoa e não foi justo. E quando você não é justo, é difícil chegar ao
objetivo, porque Deus vê tudo e sabe de tudo. A Deus, ninguém engana.

Vai
jogar no Vitória?

Não
tenho nada com o Vitória. Já falei que respeito a torcida do Bahia. Vou esperar
até o final do meu contrato, vou esperar o Bahia, mas se não acontecer nada vou
seguir meu caminho.

E
as lembranças de Salvador?

A
gente vai sentir muita saudade de Salvador, do Bahia, dessa torcida.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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