O ALBATROZ, O LEÃO E A SARDINHA.

ATENÇÃO: ESSA É UMA OBRA DE FICÇÃO. QUALQUER SEMELHANÇA COM PESSOAS OU FATOS REAIS É MERA COINCIDÊNCIA!

Quando criança, gostava de ler as fábulas. Hoje caiu em desuso. Uma sobrinha-neta minha nos perguntou o que era uma fábula e elaborei esta, para ela entender e a transmito para todos os torcedores mirins. Uma leitura infanto juvenil. Como toda fábula, tem a parte moral do relato, escolhi uma reflexão de Edna Goetten.

Ao se iniciar um temporal, na selva, um leão já idoso busca sua toca, para a devida proteção. Quando passa a tempestade, já no final da tarde, o grandioso mamífero, com o pelo seco, sai para verificar os estragos que a natureza causou. Observa no chão, uma ave de espécie desconhecida, estranha, toda molhada e triste.

A ave explicou para o leão, que o peso da água sobre as suas penas e o cansaço estavam impedindo que ela voasse e a noite estaria chegando e por certo seria banquete para muitos predadores noturnos. Ela suplicou ao leão:

– Por favor, posso amanhecer na sua toca, com sua proteção?

O leão, como Rei da Selva, majestade soberana de todos os animais, concordou e durante a noite conversaram muito. Ao ser indagada, a ave disse:

– Sou um albatroz, da família dos diomedeídeos (Diomedeidae). Sou uma ave marinha. Tinha muita vontade de conhecer as savanas, habitat de vocês felinos. Abandonei minha família e depois de várias semanas voando, estou aqui com você e continuou narrando toda a sua vida.

O Leão ficou encantando, com tudo que o Albatroz lhe descrevera e lhe fez um convite, retribuindo esta visita, para que conhecesse o mar. Durante meses o albatroz conduziu o felino, até à praia mais próxima.

Chegando na praia, deslumbrado e feliz ao testemunhar um imenso “rio só com uma margem” cuja magnitude não testemunhado ainda, deitou no último degrau das ondas serenas, que no compasso de uma valsa molhava, a sua juba. Só achou estranho o gosto da água, mas cansado e faminto estava bastante feliz.

Para sua surpresa, chega perto dele uma jovem sardinha, acompanhada de vários assessores. Ela se apresentou ao leão:

– Minha equipe venceu duas olimpíadas marítimas e trago comigo duas estrelas do mar e , finalmente, estou conhecendo o Rei dos Animais, mas você não é nada, você não vai às profundezas do mar; o meu mundo é maior do que o seu; tenho a proteção de Yemanjá. Além do mais sou jovem e você só tem tamanho, porém é bem velho.

O Leão cansado e com fome, parado, se submetia a todas estas humilhações, que jamais seriam admitidas no seu habitat. O líder das sardinhas começou bater sua cauda sobre as águas, lançando água salgada nos olhos do leão e às gargalhadas, novamente humilhava o rei dos animais, pela sua impotência de descer ao fundo do mar.

Contudo, o leão começou a estudar a melhor estratégia, para parar todas estas humilhações e ao perceber a chegada de uma forte onda, desafiou os seus insultores a continuarem lançando água nos seus olhos, o que foi feito às gargalhadas e não perceberam que a morte estava a se aproximar.

A onda lançou todos os peixes que lhe desafiavam dentro de sua boca.

Moral da História: “… NUNCA despreze, humilhe alguém, porque na hora que você menos esperar.. a roda gigante da vida muda de posição”. Refexão de Edna Goetten

  ATAHUALPA – Torcedor do Vitória e amigo do BLOG

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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