Náutico e Bahia brigaram quase todo o campeonato pelo acesso, mas na reta final caíram de rendimento, acabaram frustrando seus torcedores e tiveram o sonho do acesso interrompido pela própria incompetência em uma Série B tão maluca e tão fraca tecnicamente. O Timbu precisava vencer e torcer por um tropeço do Santa Cruz, mas o Santinha frustou o rival e bateu no Mogi Mirim sem pena, sem dó, 3 a 0.
O primeiro tempo do Bahia, agora comandando por Aroldo Moreira e todo remendado, foi um resumo dos jogos na Série B. Um time meio sonolento, desorganizado, sem padrão tático, mas vou poupar-lhes das críticas já que o jogo não valia mais nada e o tricolor baiano até criou algumas boas chances, botou bola na trave, mas voltou a falhar pelo alto e foi para o intervalo perdendo por 1 a 0, gol do zagueiro veterano Fabiano Eller, de 38 anos.
O time treina o ano todo jogadas de bola área e não aprende. E como é fácil fazer gol no Bahia. Na rodada passada, o lateral-volante Wendel fez seu primeiro gol na carreira, aos 34 anos, com a camisa do Boa Esporte, o último do triunfo por 3 a 0. Voltando ao baba.. No segundo tempo nada de interessante. O Náutico até poderia ter vencido por um placar mais elástico se não fosse o goleiro Douglas Pires que praticou dois milagres.
O Esquadrão que já entrou em campo sonolento e desinteressado, adormeceu de vez na segunda etapa e a partida ficou apenas no 1 a 0. Para o Bahia, nada muda. Para o Náutico e os 1.666 torcedores que compareceram ao estádio, meus sinceros lamentos já que o sonhou acabou e as quatro vagas para Série A de 2016 foram ocupadas por Botafogo (já classificado), América-MG (que garantiu a vaga com um empate por 1 a 1 com o Ceará), o Esporte Clube Vitória (que venceu com autoridade o Luverdense por 3 a 0) e o Santa Cruz (que bateu o Mogi, também por 3 a 0).