No sufoco! Na raça! Bahia vence o CRB e retorna ao G-4

Com o retorno da tradicional rede “véu de noiva” nas balizas, formato que marcou várias glórias do tricolor baiano na antiga Fonte Nova, o Bahia fez as pazes com os triunfos, bateu o CRB no sufoco por 3 a 2 e retornou ao G-4. E olha como o futebol é interessante. Estávamos a 4 jogos sem vencer, 4 empates consecutivos. Com o triunfo, agora estamos a 7 sem saber o que é ser derrotado.  

Com a saída de Alexandro para entrada de Zé Roberto, o time teve outra dinâmica no setor de ataque, apesar dos excessivos erros de passe do atacante. O trio Kieza, Maxi e Zé Roberto se movimentou bastante procurando espaços na defesa do CRB. O Bahia foi muito superior no primeiro tempo, sofreu um pouco com a falta de criatividade, talvez por conta da ansiedade em balançar as redes, mas foi consistente, conseguiu produzir, pressionou nos minutos iniciais e foi para o intervalo com a vantagem mínima no placar.

A melhor chance da primeira etapa saiu dos pés de Maxi Biancucchi, em lance polêmico. O argentino recebeu a bola na área, recebeu um toque do defensor, mas permaneceu em pé e finalizou em cima do goleiro. Como não existe vantagem em pênalti, errou o juizão. Porém, o erro foi “compensado”. Aos 34 minutos, Hayner cruzou e Kieza – em posição irregular – finalizou de primeira vencendo Júlio Cesar. 1×0.

No segundo tempo, aconteceu o que eu temia. O Bahia se acomodou, recuou, deu espaços e deixou o CRB jogar. Atrás no marcador, o time alagoano foi em busca do empate e sufocou o Tricolor, até que em um contra-ataque rápido aos 11 minutos, Maxi recebeu livre na direita, avançou e cruzou para Kieza ampliar para o Esquadrão. 2×0. Com a vantagem no placar, o time continuou no campo de defesa, e acabou castigado, novamente em jogada de bola aérea. Vinha batendo nessa tecla aqui, a deficiência da equipe em bolas alçadas na área, e se repetiu. Cañete bateu escanteio, Josa subiu sozinho e diminuiu. 2×1.

O final do jogo foi um sofrimento daqueles, um teste para cardíacos. O CRB dominou o time tricolor, pressionou e foi em busca do segundo gol. Aos 41 minutos, Pery cruzou da esquerda e o zagueiro Gabriel completou de primeira para a rede de Douglas Pires. O Bahia só acordou após tomar o empate e foi para o tudo ou nada, mais na base da vontade do que da organização tática, e no apagar das luzes, Kieza ajeitou e Gustavo Blanco mandou de esquerda no canto do goleiro Júlio César. Apesar do triunfo por 3 a 2, os jogadores e o técnico Sérgio Soares saíram de campo vaiados pela torcida. Jogando bem ou mal, o importante foi os 3 pontos. Melhor vencer jogando feio, do que perder jogando bonito. BBMP! 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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