Ba-Vi na Fonte Nova: Bahia 7 x 0 Vitória

Um importante BaxVi para as pretensões do Bahia. Um time precisa mais da vitória que o outro, indiscutivelmente o Vitória vai sem a pressão que hoje o Bahia consegue carregar. Afinal, quais são os componentes dessa pressão que faz com que o tricolor não consiga mais jogar o seu melhor futebol mesmo quando ganha os jogos? Há certamente uma oscilação no desempenho do time no segundo-turno, as causas dentro e fora de campo podemos analisar com calma.


Um dos motivos para a quantidade de gols que o tricolor toma depois da saída de Titi é claramente a nossa zaga. O time de Sérgio Soares até a Copa do Nordeste alimentava as esperanças que Robson tomasse o lugar de Titi com tranquilidade num momento do time mágico. A relação da torcida com o time naquela ocasião era mágico, o presidente e sua auto-estima estavam em alta. Hoje, essa relação é um problema, e a torcida espera do presidente atitudes que estão respaudadas na cultura do futebol brasileiro como as mais acertadas.

Essa determinação do presidente em não trocar de técnico tem então dois desmembramentos: o presidente do clube tem confiança no trabalho de Sérgio e na boa relação que mantém com o elenco. Essa para mim parece a resposta mais fácil. O Bahia segue com Sérgio até o final do ano, prometia o presidente quebrar a cultura imediatista de trocar de técnico baseado somente em resultados. Resultados que não são até agora ruins para o time, pois o Bahia no G4 ainda briga para chegar ao final classificado. Porém, é evidente que o presidente para evitar maiores desgastes e fazer demagogia com a torcida poderia demitir Sérgio e pagar vultosa dívida por quebra de contrato.

Outro ponto é que para a maioria da torcida o momento do técnico ir embora já passou, pois o time do Bahia não vem jogando o seu melhor futebol faz algum tempo. Hoje, já apelam até para a saída do presidente. Aliás, vozes anti-democráticas e oportunistas, vozes que não possuem qualquer identidade com o clube. Um clube que se tornou um modelo institucional graças a ação de verdadeiros lutadores e tem os mecanismos necessários para punir a incompetência na direção do clube através das eleições. 

Esse modelo democrático foi escolhido por nós por ser o mais responsável, não só para evitar o torcedor mais passional  num momento ruim, mas também para dar num mandato de 3 anos condições para o presidente trabalhar. Ainda assim assistimos a ação de salvadores da pátria que importunamente alimentam a ira da torcida contra o time, que na verdade precisa da compreensão da torcida para corrigir erros que são pontuais. Se não fosse assim o Bahia estaria sem chances nesse momento de classificação, o que não é o caso com o fator Fonte Nova sempre do nosso lado.

Por isso, tricolores, devemos apoiar o time, ir para a Fonte com a vontade de guerrear no bom sentido no grito de apoio ao time e ao clube. De nada adiantará ficar em casa como no 7 x 0 contra o Conquista quando muitos perderam a oportunidade de verem o Bahia ser Bicampeão baiano em grande “perfomance” histórica. Eu confesso que vi um dos melhores jogos da minha vida do Bahia naquela decisão. Não pude estar presente, moro longe, mas como no momento da decisão o time vinha desacreditado e superou as adversidades de uma decisão.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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