A “incompreensível” escalação do Bahia contra o Sport tinha sentido para alguns torcedores do Bahia e para Sérgio Soares. Se desse certo seriam gênios, aclamados pela sua disposição mental de antecipar-se aos fatos e teoricamente criar uma reação planejada para intervir numa das principais jogadas do Sport ofensiva bloqueando-a para evitar o gol do adversário.
O treinador do Bahia, no entanto, repetidas vezes durante o jogo, viu que sua intervenção racional e estudada era uma furada. Faltando então 10 minutos para acabar, e o placar ainda servia o Bahia, ele se desesperou e precipitou o resultado final que classificaria o Sport com o pior dos pecados humanos: a covardia.
Sérgio Soares foi penalizado justamente por um momento de covardia em que ele temeu perder a classificação e colocou em campo um zagueiro que nunca podia ter entrado no time. O Valongo sem ritmo de jogo, mal atleticamente, falhou feio numa lance simples e mostrou toda a falta de sensibilidade do treinador num momento derradeiro. Uma falha como essa não é admissível.
O treinador teve a hombridade de pedir desculpas para a torcida, mas ficou a dúvida da torcida sobre quais são finalmente os critérios para entrar em campo que o técnico usa a fim de manter um nível do Bahia compatível com o espetáculo. Convenhamos: o erro de defesa do 3ª gol do time rubro-negro foi patético.
Hoje, conversei com amigos pernambucanos aqui no trabalho e eles elogiaram alguns jogadores do Bahia. Souza e Maxi foram os mais elogiados, junto com o goleiro do Esquadrão. Falaram que o jogo foi bom e que a falha do zagueiro e a expulsão foram determinantes para o resultado bom do time de Pernambuco. Eu concordei, pois queria ser breve nos comentário para não parecer um mal desportista.
Se eu dissesse que eles só ganharam por causa da zaga do tricolor eu passaria por um cidadão que não reconhecia o bom ataque do Sport e o esforço que a diretoria local fez para trazer Diego Souza e Élber. Mas, sabem a verdade quando quer vir à tona? Eles precisam melhorar muito para ter chances de ir buscar uma vaga na Libertadores e o Bahia não conseguiu a vaga por causa de falhas que mereciam até multa para o jogador do Bahia pela expulsão.
Gostaria de entender o que se passa na cabeça do treinador do Bahia agora. Eles seguirão para Mogi com a missão de ganhar de qualquer jeito e mais pressionados. Tem quem já dê o Bahia como em uma crise, uma possível crise interna de comando e insatisfação com o técnico. Talvez, o jogo contra o Mogi seja uma oportunidade de Sérgio recuperar a autoestima de sua equipe.
O time paulista, porém, vai tentar tirar partido dessa desclassificação bisonha do tricolor, a forma como foi o Bahia desclassificado. Certo mesmo é que novos erros vão acontecer caso Sérgio Soares continue a colocar jogadores sem condições atléticas e sem ritmo no jogo, como já aconteceu com Alexandro e ontem Valongo.