Bahia e Vitória, o sumiço do futebol, e agora, o que fazer?

Amigo torcedor, vamos lá. Vamos sacudir a poeira, deixar a maresia de lado e chegar chegando em mais uma resenha. Jogo vai, jogo vem e o embate dentro e fora de campo se acirra. Todas as teorias e explicações possíveis podem ser ouvidas para o sucesso ou insucesso das nossas equipes. Mas, no caminhar dessas turvas águas da série B, só Deus sabe quem ganha, só Deus sabe quem sobe e só Deus sabe onde anda esse danado de futebol que sumiu de nossas plagas, especialmente aquele dito como bem praticado pelo Esporte Clube Bahia, hoje apenas sétimo colocado no Brasileiro da Série B e em franca decadência 

CADÊ O FUTEBOL ?

Se agente já reclamava do nível do futebol jogado no primeiro turno da série B e aguardava alguma melhora no segundo turno, acho melhor colocar as barbas de molho e rezar mais. Pelo visto nesses primeiros jogos, haja paciência !! Aliado ao que já estamos vendo, dificilmente os times vão reforçar os planteis e os elencos também começam a se mostrar mais desgastados fisicamente. Ou seja, não há nenhuma evidência no momento que o futebol vai melhorar. Desta forma, a reta final poderá se transformar em um perde e ganha, uma verdadeira roleta. Como diria o SS (o outro !), olha o roletrando !.
Diria um amigo meu tricolor que esta é uma das séries B mais fáceis de ganhar e de subir de todas, mas nossos times insistem em complicar, colocar emoção adicional, ou seja, tumultuar o baba. Pontos preciosos estão sendo perdidos em casa, o que aumenta a pressão por vitórias fora dos respectivos domínios para compensar. Ou seja, esta seria a hora de criar gordura, não perder pontos fáceis. Mas, contrariando a lógica, a reza (a nossa, claro) e dando sopa pro azar, lá vamos nós deixando para o final a decisão tanto da vaga, quanto do título.

E AGORA, O QUE FAZER ?

Como dito acima, os times são esses mesmos. Não adianta chorar. Aliás, ainda pode piorar caso algum time endinheirado venha realizar umas compras na boa terra. Bom… ou como diria Dom Dalmo, bueno…. Qual a solução ?

Acredito que as torcidas tem que se fechar com seus clubes. Encher os estádios e apoiar de corpo e alma as equipes. Ainda que algumas vaias possas surgir ao final das partidas e algumas decepções, mais pressão sobre equipes já instáveis e inseguras podem agravar o cenário. Não sou particularmente favorável a amenizar as críticas a jogadores profissionais de futebol, mas acredito que o momento é mais delicado do que o que podemos imaginar. A prova é que ao final de tantas jornadas, os times simplesmente parecem que não engrenam totalmente. Somente alguns poucos e raros lampejos….

Para aqueles que estão clamando pelo maior aproveitamento de jogadores da base. Talvez este também não seja o momento. Na realidade, pode até dar certo. Mas é uma aposta tão arriscada que eu não sei se nossos treinadores vão bancar. Imaginem o que pode acontecer se torcidas que já estão impacientes com seus times presenciarem algumas más atuações das suas promessas ? A vaia vai comer no centro e os pupilos podem não aguentar a pressão. Resumo da opera: Os jovens tinham que já estar adaptados e bem incorporados ao elenco (desde o início do ano), pois não serão a solução salvadora e imediata justamente quando o caldeirão está fervendo.

SOBE E DESCE

As primeiras posições devem experimentar bastante variação nas rodadas restantes. Será como aquela dança das cadeiras que deixa em pé aquele que vacila ao final da música. Neste momento, se falta futebol, deve ser a estratégia a que comandará nossos times para a salvação. Neste pormenor, ainda que não seja uma garantia (nunca é), acredito que a experiencia do treinador de cada uma de nossas equipes fará a diferença. Sua tranquilidade, convicções, percepção do que está acontecendo no torneio e com usa equipe será crucial. Claro que, como diria o outro, convicção é bom e ruim. Se o “pofesô” se apega demais a um conceito errado, será burro e aí a Sardinha morre na praia (ok, ok, ok !!! o Leãozinho também !). Por exemplo, a dupla BaVi tem que deixar de “jogar futebol” em casa. Até porque não tem tanto futebol assim pra mostrar. Os jogos em casa tem que se transformar em “guerra”. Não me refiro à violência, mas sim a pressão constante do time em campo e da torcida na arquibancada para acuar o adversário. Não podemos mais deixar as equipes visitantes jogarem à vontade em nossos domínios. Temos que marcar pressão, dar sufoco e reverter a estratégia que sofremos (é só ver quando um time brasileiro joga na Argentina). Ou seja, temos que jogar no erro deles…

Bom, essas são as conjecturas que agente imagina possam funcionar e nos salvar (Será ?). Ainda que inglórios sejam os caminhos do futebol, seguiremos acompanhando, sofrendo e torcendo. Este é, ao final, o gostoso tempero do futebol.

Sds, rubro-negras do Vitória da Bahia. Líder da série B, já o vice….

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Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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