Santa Cruz 3 x 1 Bahia – tricolor de aço cai na tabela

Quando entra em campo, o Bahia parece repetir um ritual com roteiro bastante conhecido. Cria muitas chances de gol, mas esbarra na falta de eficiência do setor de ataque. É inacreditável a quantidade de gols perdidos, parece que o time tem um alvará para perder gol. E não foi diferente essa noite em Recife, os mesmos erros se repetiram, quando entramos em campo para tentar apagar a fama de time “caseiro”. Porém, esqueceram de avisar os atacantes do tricolor baiano e o goleiro Tiago Cardoso.

O Bahia começou levando uma pressão do Santa Cruz que se aproveitava da sonolência defensiva do tricolor, principalmente dos erros na saída de bola. Aos 3 minutos, Douglas Pires foi o primeiro a trabalhar na partida em chute de fora da área. Quando o Esquadrão resolveu tocar mais a bola ao invés de rifá-la, passou a tomar conta do jogo e por muito pouco não abriu o placar após cabeçada à queima-roupa de Kieza defendida por Tiago Cardoso que na sequência fez outro “milagre” em chute do meia Eduardo.


Quando mandávamos no jogo, a zaga resolve colaborar com os donos da casa. Chute de fora da área, a bola resvalou na defesa tricolor que parou no lance e sobrou livre para Luisinho. O meia dominou e cruzou na pequena área para Anderson Aquino, sem marcação, só teve o trabalho de empurrar para as redes. A reação foi imediata, e dois minutos depois o zagueiro Thales aproveitou cruzamento do meia Eduardo para empatar a partida. 1×1.

O goleiro Tiago Cardoso, grande nome do jogo, seguiu praticando milagres na segunda etapa. Em apenas 10 minutos, foram duas excelentes defesas em chutes de Marlon e Souza, e ainda contou com ajuda da trave. E como diria aquele velho ditado, quem não faz.. Aos 18 minutos, outra bobeira da defesa do Bahia, e o incansável Lelê, que deu uma canseira na defesa tricolor com um fôlego “dozinfernus”, roubou a bola e serviu Luisinho que, cara a cara com Douglas, mandou lá onde dorme coruja, sem chances para o goleirão. 2×1. 

O técnico Sérgio Soares esperou tomar o segundo gol para sacar o meia Eduardo, apagado e pouco produtivo em campo. O Bahia foi para o tudo ou nada com João Paulo e Alexandro, e ficou no nada, pelo menos para o Esquadrão, porque o Santa ainda fez mais um. Em contra-ataque rápido, Renatinho aproveitou a avenida na defesa e serviu Luisinho, que estufou as redes e bateu o último prego no caixão tricolor. 3×1. 

Uma noite em que tudo deu errado. O meia Eduardo, que na teoria seria o responsável pela armação, não correspondeu na prática e desapareceu em campo. A dupla de artilheiros Maxi e Kieza totalmente fora de sintonia, assim como a dupla de zaga, batendo cabeça a todo momento. Para quem acreditava que Jaílton daria conta do recado, está aí o resultado. Ruim com Titi, pior sem Titi. Agora é focar no ABC, outro confronto fora de casa, e outra previsão de muita sofrência.  

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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