Quando morrer, vamos ao céu ou ao inferno. Pelo menos é o que nos ensinam desde cedo e então, com medo do inferno, tentamos fazer o certo. Essa era a missão do Bahia. Sob o efeito “gangorra”, o time ainda não conseguiu se encontrar na competição e alterna entre altos e baixos. Na noite desta terça, o Esquadrão teve outro teste para tentar se redimir e ir do inferno ao céu novamente. Vencer o Paysandu que é um concorrente na briga pelo acesso e encostar no pelotão de frente ou perder e se complicar ainda mais na Série B.
O técnico Sérgio Soares atendeu aos nossos pedidos e sacou o seu pupilo Willans Santana, escalando o time no tradicional 4-4-2, com duas linhas de 4 ao invés do losango no meio, com Yuri na marcação, os meias Eduardo e Tiago Real caindo pelos flancos e o jovem Gustavo Blanco centralizado. Precisando do triunfo, o Bahia tomou a iniciativa, se impôs no jogo, explorou bastante as jogadas pela ponta direita, com cruzamentos de Adriano, mas faltava eficiência nas conclusões, enquanto o Papão investiu nos contra-ataques.
De tanto pressionar, o Bahia conseguiu balançar as redes, aos 42 minutos, quando o jogo parecia caminhar para o 0 a 0 na primeira etapa, o meia Eduardo roubou a bola na esquerda e descolou bom passe para Jacó que mandou de primeira para abrir o marcador. E o Esquadrão poderia ter ido para o intervalo com um placar mais confortável. Aos 45, Maxi, mesmo mancando em campo, invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro Emerson. O juiz não exitou e marcou a penalidade. Porém, o argentino desperdiçou a cobrança mandando à direita do goleiro. Gol esse que poderia fazer falta, se…
No segundo tempo, o Bahia retornou com o atacante Mário no lugar de Maxi Biancucchi, e logo aos 2 minutos, o escorregadio Eduardo fez fila na defesa bicolor e chutou, o goleiro Emerson rebateu nos pés do “matador”, Jacó, que não perdoou e empurrou para o fundo das redes, marcando o segundo do Bahia. 2×0. Mesmo com o gol, o Tricolor continuou sufocando o Paysandu e perdeu inúmeras chances de aumentar o marcador, com o meia Eduardo, melhor em campo indiscutivelmente, e Mário, que entrou muito bem no jogo, fazendo o arqueiro do Papão trabalhar bastante.
O meia Eduardo que correu, driblou, finalizou, deu assistência e só faltou fazer o seu gol, deixou o campo exausto e muito aplaudido para entrada do volante Feijão, é claro, para fortalecer o sistema defensivo e segurar o time adversário. Do outro lado, dois ex-tricolores, Fahel e Souza “Caveirão”, tentavam colocar o Papão para cima do Bahia, que suportou a pressão, garantiu mais um triunfo na Arena Fonte Nova e entrou novamente no G-4, agora na 4ª posição com 21 pontos. Nada como um dia após o outro.
Fellipe Costa