Nestas rodadas finais de Campeonato Brasileiro, onde as equipes jogam por si e torcem por outros resultados, muito se fala nas cobiçadas “malas brancas”, incentivo financeiro extra que alguns clubes oferecem a jogadores de outras agremiações para que derrotem adversários diretos na luta por vagas ou contra o rebaixamento.
E quando surge esse assunto polêmico, que tem defensores e detratores, as pessoas se fazem de chocadas, comentaristas pregam o politicamento correto e o STJD ressurge das cinzas para apurar e punir os “culpados”, o que nunca acontece. Tudo não passa de hipocrisia barata.
Domingo, na última rodada do Brasileirão, com certeza haverá incentivo nas partidas que ainda valem alguma coisa para os clubes, como houve para o Flamengo na rodada passada, aonde mesmo não almejando mais nada na competição, aplicou 4 a 0 no Vitória, como se estivesse jogando uma final de campeonato.
Apesar de muita gente ser contra e concordar que haja punição para quem pratica a tal da “mala branca”, sou totalmente a favor. Pagar para o outro perder (que seria “mala preta”), é gravíssimo, mas receber incentivo para extrair o melhor que você tem, não vejo problema.
A “mala branca” existe e sempre existiu, seja no Brasil, na Europa, no Vietnã ou em Marte. Não há nada de errado em um time estar mais motivado a vencer, mesmo que isso seja feito através de ajuda financeira de outro interessado. Ao contrário da “mala preta”, esta sim é condenável, quando um time é pago para fazer corpo mole, perder para favorecer um terceiro. Infelizmente, algumas pessoas estimulam a hipocrisia no futebol.
Fellipe Costa