O Bahia com o técnico Charles pelo menos tem raça!

Bahia 1×0 Criciúma, talvez uma prévia da Série B 2015, talvez um o divisor de águas em busca de um MILAGRE. Mesmo pessimista e sem esperança, assisti os 90 minutos do jogo do Bahia contra o Criciúma, e vi muita diferença em relação ao time do Gilson Kleina.

Não tenho dúvidas que o pior erro da diretoria foi não deixar Charles no comando e contratar um treinador caro e sem gabarito. Apesar de faltar técnica, com Charles o time pelo menos tem raça e vontade de jogar bola, coisa que não se via com Kleina, ao contrário, com o ex-treinador, a apatia tomava conta dos jogadores.

O interino já deu amostras que conhece muito bem o grupo, afastou as “frutas podres” do elenco. Promoveu o retorno de Galhardo (atuando de médio extremo direito), que soma muito ao time pela velocidade e qualidade nas bolas paradas, e confiou na garotada da base, mantendo o bom volante Bruno Paulista de titular, e promovendo o meia Rômulo ao elenco principal.

Confesso que fiquei um pouco desconfiado e preocupado com o novo esquema tático do time, 4-5-1, com 2 laterais (Railan e Pará) e 2 médios ala (Galhardo e Guilherme Santos) e uma trinca de volantes, liberando mais o garoto Bruno Paulista que, apesar de ser volante, pode jogar mais avançado pois tem qualidade no passe e finaliza bem de fora da área.

Não sou vidente, mas acho que se a diretoria tivesse mantido Charles quando demitiu Marquinhos Santos, a história seria diferente, mas preferiram apostar caro em Kleina, que já havia ajudado Felipão a rebaixar o Palmeiras em 2012.

Mas não é momento para lamentações, e sim continuar a caminhada, se apegar no único fio de esperança que restou, e jogar as últimas três “decisões” com a mesma vontade que demonstrou contra o Criciúma. Não temos mais nada a perder, e enquanto houver esperança, continuarei acreditando.

O gol de Guilherme Santos manteve o Bahia “respirando”, mesmo que por aparelhos, e reacendeu o “Eu Acredito!”. Os últimos três jogos do tricolor é contra o Atlético-PR e Grêmio (casa) e Coritiba (fora). Para se salvar, o Bahia precisa fazer nessa reta final o que não fez no campeonato todo: Ganhar 4 partidas consecutivas. Impossível? Só o tempo irá dizer. É rezar e acreditar!!!

Fellipe Costa

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