Minha consolação é o arqui-rival, o Vitória


Hoje estou triste, meu caro Dalmo. O tricolor não cumpriu, ao menos, a meta de permanecer na série “A”. Você sabe que eu  esperava muito mais de Maxi, Kieza, Rafinha e cia., todavia, o Bahia naufragou como um barco quase à deriva. Eu, então, pergunto aos amigos: o que faltou nesse grupo e sobrou nos últimos anos, para que permanecêssemos na 1ª divisão? Creio que a resposta não é fácil e nem pode ser atribuída a um fato isolado de seu contexto. Então, vou determinar alguns pontos que considero capitais para essa pena, uma verdadeira sanção, o rebaixamento, mas merecida pela incompetência do grupo e o departamento de futebol do Bahia. 

Um ponto importante para esclarecer esse momento, é analisar os 3 comandantes do Bahia, que deflagraram uma bandeira importante para o surgimento do clube, mas que foram extremamente incompetentes para definir uma filosofia dentro do clube, sobre o comando da direção do futebol. O Bahia teve 3 diretores, cada um com sua contribuição, ajudaram o Bahia a cair. Ao final, os boatos diziam que quem mandava nesse departamento eram os dois “presidentes” do clube, embora nominalmente só um tenha se candidatado. Ele não mandava, o presidente. Apareciam os outros “presidentes” nos bastidores, com muito mais influência dentro dessa confusa direção do departamento de futebol. Virámos até chacota, quando um jogador argentino esnobou nosso clube quando, chegando em Salvador, não resistiu ao apelo do seu ex-clube. 

Não foi somente esse fato isolado que fez o Bahia não ter êxito nas contratações. A incapacidade de satisfazer a torcida, chegou ao topo com Marco Aurélio que, visivelmente fora de forma, não conseguia acertar quase nada dentro de campo, uma verdadeira catástrofe. Não obstante isso, trouxeram também Léo Gago e Uelinton, num setor de campo, a contenção da defesa, onde tínhamos dois bons jogadores, Hélder e Diones, equivocadamente emprestados. Vozes dentro da torcida perseguiam os dois jogadores, sem saberem que tínhamos nesse setor de segurança uma estabilidade nos campeonatos anteriores, o que não tivemos nesse campeonato brasileiro. O mais patético nesse ritmo de contratações equivocadas, foi que os jogadores Hélder e Diones foram responsáveis, nos seus atuais clubes, por gols e por seus time permanecerem na série “A”, respectivamente o Coritiba e a Chapecoense.

Como vimos, amigos, minha tristeza só não foi maior, porque nosso arqui-rival também cairá. Não tenho dúvidas que nossa queirda “caixa de pancada”, na Bahia, não conseguirá permanecer na série “A”. E como desgraça, o futebol da Bahia só ajuda poucos dirigentes, ainda hereditariamente donos do nosso futebol, seja na Federação ou em clubes de futebol – na forma de renovar o Bahia conseguimos expulsar os ditadores do Bahia -, hoje podemos assistir, mais uma vez, aos dois maiores clubes baianos na série “B”, e talvez, para provar que o ineditismo da Bahia, em sua miserabilidade, podemos ver, no ano que vem, os dois clubes baianos na série “C”.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

Deixe seu comentário