Erick Cerqueira e o novo site Esporte Baiano

O nosso amigo Erick Cerqueira, fervoroso torcedor do Bahia e colaborando do BLOG, anda com os “pés inchados” e o coração esquartejado, com a queda do Bahia para a segunda divisão, contudo, ainda é visto pelo mundo virtual, Ufá, sabemos que sobreviveu.  Já a Mauricio Guimarães Moura Costa, o MOA, recolheu-se em mirante na praia de Boa Viagem, em Recife e, com cotovelo apoiado no parapeito e a mão carinhosa no queixo, contempla o mar para, em uma pausa e outra, questionar o horizonte, como tivemos a capacidade de errar tanto e em tão pouco tempo. Depois disso, tristonho e abatido, não foi mais visto.

O Erick Cerqueira, que faz pós em gestão esportiva reagiu bem, abriu uma concorrência boa e importante quando decidiu montar um site (Esporte Baiano), onde promete juntar e divulgar todos os segmentos esportivos de Salvador, além do que houver de relevante na mesma área fora do Estado. Estaremos lá, ajudando, participando e compartilhando os acertos e desacertos, especialmente do Esporte Clube Bahia, minha praia predileta.

Veja o primeiro texto.


Copa do Brasil – Consequências das mudanças
Por André Gustavo

Quando o Campeonato Brasileiro adotou a fórmula europeia de pontos corridos em 2003, reduziu substancialmente as já pequenas chances dos clubes médios chegarem ao cobiçado título nacional. Quem foram os beneficiados? Os 12 clubes grandes do eixo sul-sudeste (RS, RJ, SP, MG) que formam a elite financeira e midiática do futebol brasileiro.

Essa segregação fica muito evidente quando verificamos que as verbas dos direitos de transmissão de TV são fatiadas de forma desigual, proporcionando uma diferença gritante nos orçamentos dos clubes. E isto reflete sobretudo no desempenho do clube dentro das quatro linhas. Mais dinheiro gera maior capacidade de contratação de melhores profissionais, gerando mais conquistas de títulos, mais visibilidade, mais patrocínio, etc, etc. Ou seja, entra-se inevitavelmente no ciclo virtuoso do mundo da bola.

Porém, a Copa do Brasil até 2012 era uma alternativa para os clubes do “baixo clero” terem a oportunidade de conquistar um título nacional e garantir uma vaga na Taça Libertadores das Américas, abrindo as portas para melhores patrocinadores e agregando outras fontes de receitas alternativas.

A Copa do Brasil criada em 1989 proporcionou que clubes como Paulista de Jundiaí (SP), Santo André (SP), Juventude (RS) e Criciúma (SC) levantassem a taça de um campeonato nacional.

Todavia, alegria de pobre dura pouco, aliás, não tão pouco assim porque foram 23 anos (1989-2012).

O novo modelo de disputa da Copa do Brasil adotado desde o ano passado fez com que os clubes de médio e pequeno porte reduzissem praticamente a zero as chances de conquistar um título nacional.

Algumas questões devem ser levantadas e discutidas.

Por que e como as regras foram alteradas? O Brasil possui 27 Federações Estaduais de Futebol, apenas 4 ou 5 tiveram seus filiados beneficiados e a maioria prejudicada, por que não vimos as demais se manifestando contra? Será que a subserviência das Federações já chegaram a esses níveis absurdos?

Torna-se evidente que existe muita coisa nebulosa no futebol brasileiro e muita coisa tem que ser mudada, os clubes estão com dívidas impagáveis e falindo a passos largos.

Fica a reflexão para todos.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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