E.C Bahia: Erro + Erro + Erro = REBAIXAMENTO

Por que o Bahia caiu para a segundona?

Chamei a atenção, tempos atrás, de que o Bahia estava repetindo a velha e ultrapassada estratégia de montar um grupo de jogadores para cada competição que haveria de disputar. Contratações duvidosas em profusão de ex-jogadores em atividade, de técnicos de pouca experiência e com um Departamento de Futebol extremamente incompetente liderados por pessoas despreparadas. Isso tudo foi feito sem que realmente se tivesse um planejamento adequado capaz de evitar a repetição dos erros dos anos anteriores.

A Diretoria eleita pela Nação Tricolor mostrava-se frágil para resolver os problemas mais emergentes e, num jogo perigoso de postergar as decisões, mais urgentes levava a torcida a acreditar que tinham o controle de uma situação que se mostrava insustentável. O caso mais claro da inapetência foi o caso do tal camisa 10 que vinha, não vinha, veio e se foi sem sequer vestir a camisa do Clube para uma foto. As questões sobre o Centro de Treinamento e o Fazendão, até hoje, ainda não se encontram bem definidas. As Divisões de Base demonstram ser de boa qualidade, mas não conseguem colocar o jovem talento para o Clube ficando sempre a mercê de mentecaptos que se dizem “empresários”, num jogo baixo de chantagens que quase sempre terminam com prejuízos severos para os interesses do Clube.

O Marketing do Clube andou cambaleante com um momento rico de incremento nos números de associados, mas, em face ao pouco caso e baixa produtividade do time em campo, hoje apresenta – se com um número de grande inadimplência. Perderam o patrocinador Master, brigaram com o fornecedor e apontaram a ideia de assinar com uma empresa de terceira categoria. Enfim, fizeram de tudo, um nada para colocar o Clube numa situação de extrema penúria financeira com serias implicações no Departamento de Futebol não pagando os salários dos “profissionais” que, em protesto, se arrastavam em campo perdendo jogos relativamente fáceis.

Começamos o ano com um Técnico de pouca experiência, mas com o aval de ser um estudioso do futebol moderno apesar de, por pouco, não ter colocado o Coritiba na segunda divisão, em 2013. Esse cidadão começou até bem. Ganhamos um campeonato de dois times com muito aperto e depois começamos a “via crucis” nas outras competições que tentamos disputar. 

Demoraram muito e, quando viram o óbvio, correram para trocar de treinador e fizeram da pior forma possível. Colocaram o Charles interinamente e, logo na sequência, trouxeram um professor pardal de larga experiência em rebaixar clubes por onde passou. A coisa chegou ao ponto em que esse GK se perdeu tanto que, até as suas desculpas ficaram ridículas diante de tantos desatinos por ele cometidos. Mandaram embora e efetivaram o Charles que, aparentemente, desaprendeu o que sabia e manteve um “tal” esquema de jogo com dez na defesa e um no ataque. Como ganhar jogos assim?

O insucesso ainda foi abastecido com uma famosa “barca” de jogadores que havia se instalado no time desde os tempos da “gestão” do playboy da Ribeira. Esse pessoal, inclusive, teve uma grande parcela de culpa no que ocorreu dentro de campo durante o Campeonato Brasileiro aonde um goleiro, de um passado notável, virou frangueiro contumaz e com o seu baixo rendimento levou o time a perder importantes pontos durante toda a competição. A “barca” fazia e acontecia e nada era feito ou foi feito no sentido de estancar essa sangria desatada, em prejuízo do Bahia. 

Observei, nos últimos jogos, que o grupo do Bahia em campo, só jogava os 45 minutos iniciais. Contra o Corinthians, o segundo gol do adversário deixou bem evidente a qualidade do preparo físico dos nossos jogadores que se arrastavam em campo nos seus minutos finais.

Finalizando, não precisamos ser muito inteligentes para entender de que o descenso era perfeitamente previsível, mas, por motivos alheios, durante toda a temporada, nada se fez no sentido de se evitar o vexame maior. A realidade que se apresenta evidencia que precisamos mais do que nunca, cobrar dos futuros dirigentes ações capazes de reparar o mais rápido possível todos esses erros que foram cometidos na atualidade.

Paulo Figueirêdo (Paulinho)

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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