Uma atitude de campeão!

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São pormenores muitas vezes que passam batido para a imensa maioria que chamam a atenção dos mais atentos quanto a vontade e dedicação dos jogadores tricolores em conquistar o primeiro título do Bahia na nova era democrática. A presença de Ávine entre os concentrados são um desses indicativos que eu chamo atenção dos leitores. Podiam simplesmente descartar o “menino maluquinho”, esquecer sua dedicação ao tricolor e não renovar seu contrato, haja vista que estamos no mundo dos interesses mais imediatos em que o bolso fala muito alto. Entretanto, o que aconteceu no Bahia foi o contrário: Ávine apareceu entre os concentrados para o clássico e esteve presente no coração da torcida como marca de grande ser-humano e ídolo da torcida.

Outro exemplo de campeão eu vi quando o lateral do tricolor se contundiu gravemente e teve que justificar aos mais críticos a razão dele arriscar jogar com uma contusão muscular. Ele foi curto e generoso: “Queria jogar esse clássico”. A filha de Maxi entrando também ao lado do pai no gramado representou uma ternura que invadiu a tela da televisão e mostrou o lado mais presente do ser-humano que pratica uma atividade profissional, qual seja: o afeto que levamos conosco de nossos filhos em todas as nossas atividades laborais. É por esses pequenos e pequenas que somos campeões e desejamos que eles também um dia possam ter uma memória de que a glória de estar vivo é um presente para ser apreciada não em contas gotas, mas com entrega total as nossas atividades diárias procurando dar o melhor para fazermos a diferença pelo trabalho que acreditamos fazer melhor.

O tricolor assim conquistou nesses gestos um passo para chegar ao título. Um título que é muito bem-vindo para a galeria dos troféus tricolores, contudo teremos que fazer valer essa mesma vontade contra os atletas rubro-negros que farão de tudo para evitar nossa conquista. Não podemos, todavia, temer qualquer ato mais agressivo ou impensado dos adversários. A crônica esportiva tem insuflado os rubro-negros de uma forma negativa, depreciando seus jogadores e procurando tumultuar um clássico que por si só é um termômetro que cabe aos protagonistas dentro de campo decidirem com quem ficará a taça de campeão. Não adianta tentar também buscar no tricolor qualquer gesto de menosprezo aos rubro-negros, pois se o tricolor encontra motivos de sobra para buscar com garra esse título é porque do outro lado existe qualidade também.

Assim, quando o Bahia entrar em campo para decidir o clássico contra o Vitória, domingo, trará consigo ainda as memórias de superação de nosso “menino maluquinho” e da filha de Maxi. Exemplo de que a vida é um eterno aprendizado entre vontade de conquistar um lugar no coração da torcida tricolor num evento inesquecível que é um BaxVi. O tricolor deverá entrar para buscar seu 45ª título sem timidez de time que durante o campeonato teve momentos de muita contestação, mas que soube provar sobretudo para si mesmo que pode chegar mais alto e pular forte para marcar com Fahel sempre “mais um” título de glória para a emoção da torcida tricolor que tem dado motivos de sobra de seu entusiasmo com a democracia no Bahia e a emoção de estar vendo antigos algozes sendo completamento expulsos de sua história grandiosa.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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