Depois da festa, a ressaca! Bahia 1×2 Cruzeiro

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Queria começar meu texto pedindo desculpas ao Maurício Costa. Não há ofensa maior para um Tricolor que ser chamado de torcedor do VICE, e fiz isso no texto em resposta ao dele. Só por isso. No mais, reitero tudo que falei.


Ontem, quando assisti Fabrício Werdum entrando no octógono ao som do Lepo Lepo só lembrei do título baiano de 2014 e pensei: já tá na hora da gente esquecer um pouco ele, e nos concentrar no Brasileirão. Afinal, nossa estreia seria contra o time do Cruzeiro, atual campeão nacional. Hoje, no supermercado, entre um feijão e uma lata de leite NAM, ia lendo o jornal falando da rodada inicial do campeonato. O Bahia iria repetir a escalação, algo ainda inédito no ano. Fiquei feliz e esperançoso, mesmo com uma pontinha de desconfiança para o jogo a noite. Logo depois li que o Cruzeiro entraria com os reservas. Reservas? O goleiro da Seleção Brasileira, Borges de centroavante, Egídio, Marlone, Souza, Tinga, Willian, Léo e no banco Marcelo Moreno e Martinuccio. Mas, vamos lá.

No estádio um público reduzido, apenas 11000 Tricolores foram ver a festa da entrega das faixas de Campeão do Baiano e do Mineiro. Começa o jogo e todas as previsões de um time defensivo foram por água abaixo. O jogo foi “pegado” no meio de campo, marcação dura de ambos os lados, poucos lances de ataque e os goleiros quase não apareceram. O Cruzeiro chegava com perigo nos lançamentos para Egídio e Willian. O Bahia perdia boas chances com Maxi e Rhayner. Jogo lá e cá até o fim do primeiro tempo.

Na segunda etapa os dois times vieram mais abertos e atacando muito mais. O Bahia, que havia feito uma partida quase impecável no lado defensivo, sofre um gol bobo numa cobrança de escanteio. Aliás, não lembrava a última vez que tínhamos tomado um gol de cabeça. O Bahia continuava pressionando e o Cruzeiro se valia dos contra-ataques.

Marquinhos demorou pra fazer a substituição, mas acertou. Rafinha entrou no lugar de Lincoln, que assim como Talisca, vinha muito mal e disperso na partida. Com Rafinha e Rhayner o time ganhou mais velocidade e Maxi, que também não foi bem, acabou dando lugar ao jovem centroavante da base, o “Nonatinho”. O Bahia melhora e Rhayner sofre pênalti. Talisca bate e empata. Festa na Torcida Tricolor. Mas junto com a festa a desatenção. O Bahia partiu com tudo pra tentar virar a partida. Mas com a vontade de vencer começava a errar nas saídas de bola. O Cruzeiro chegou duas vezes com perigo. Na cobrança de escanteio, a repetição do erro. O atacante dos caras sobe sozinho, literalmente, sem marcação. Parecia aquela brincadeira de “cruzamentos” que a gente faz pra aquecer o goleiro nos bábas.


O gol foi aos 45 minutos da segunda etapa. Um castigo da porra… Depois disso o Bahia ainda teve a chance de empatar, mas Talisca colocou a bola onde deveria estar a Torcida da Bamor. Fim de papo. Primeira derrota, mas nada de desespero. Se fomos o único time a perder em casa, fomos também o único a encarar o atual Campeão Brasileiro. 


Bora Baêa Minha Porra! Nada de desanimar. Jogamos bem, encaramos o Campeão Brasileiro de igual pra igual, e perdemos num detalhe doloroso, que há muito tempo não nos queixávamos. Gol de escanteio não dá, Marquinhos. Vamos treinar essa porra!

No mais gostei do time. Apesar de algumas peças terem rendido muito menos que o esperado, como o Lincoln, Rafael Miranda, Maxi e o próprio Talisca. Se contra os mineiros jogamos sem força máxima, com 2 reservas, sem o 10 que ainda vem, sem centroavante e ainda assim perdemos num vacilo aos 45 minutos do segundo tempo, continuo acreditando que esse ano promete boas alegrias para a Nação Tricolor. E o 45º título baiano, foi só o começo delas. Levanta a cabeça, Tricolor. Senão as estrelas caem. Vamos pra cima do Figueira.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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