Cocô, merda e o time do ex-aterro sanitário

Pensei bem antes de falar “merda”, não queria ofender ninguém, pois aqui a mensagem é mais de alegria e desforra. Isso em razão do time adversário virar notícia através de um comentarista de Belo Horizonte ao chamar nosso maior rival numa rede de comunicação de “time de merda”. 

A história começou por causa de uma atitude agressiva de Neto Berola, ex-jogador do Vitória, atualmente no Atlético-MG, ao denunciar de forma grosseira um comentarista de tevê local de ganhar dinheiro para falar bem de jogadores de futebol. A resposta veio, então, de forma desproporcional através de outro comentarista de futebol, não o ofendido, com menções depreciativas a origem do jogador por ele ter jogado no Vitória-BA.

A atitude do jornalista de futebol que detém um espaço de mídia como uma televisão jamais poderia ser tão covardemente usada como foi pelo aludido jornalista de BH, isso deve ficar bem claro. Hoje, não podemos tolerar tais manifestações tão levianas de quem deveria se preocupar com a formação e uma boa comunicação com um publico tão amplo que assiste o futebol através da televisão. 

Por outro lado, quando o Bahia foi alvo da zombaria de Joel Santana, com sua ignorância habitual, ao depreciar o tricolor com a alcunha de “sardinha”, todos acharam motivo de graça, zombaria, nosso imprensa quase toda rubro-negra não observou que aquilo era também uma ofensa preconceituosa ao futebol da Bahia e da força do nosso futebol contra um clube que detém dois títulos nacionais. 

Hoje, como torcedor do tricolor, penso que não devo chamar o Vitória de “merda” ou mesmo “time de merda por desforra. Acredito que quando Portela, o ex-presidente do Vitória, se referiu ao Bahia como “sardinha” jamais imaginou que seu time seria tão grosseiramente chamado de “time de merda” por um jornalista corporativista. É uma questão de não agredir a inocência alheia de quem se entende “melhor” que o outro.

Aliás, chamar um clube de “sardinha”, um peixe pequeno mas gostoso, parece até um elogio ao ter o nome do seu rival ser chamado de “time de merda”. Mas, o que é afinal ser chamado de “time de merda”? Um desqualificador da origem pouco nobre de algo. E aconteceu isso logo com o time que se orgulha, entretanto, da nobreza de sua centenária história, mas que nunca ganhou um título expressivo no futebol nacional. 

Aliás, como um “time de merda” podemos analisar todo esse contexto senão pelo modo psicanalítico de quem emite ou aceita essa provocação. Merda é tudo aquilo que devemos deixar de lado, não considerar, porém para a psicanálise é a partir desses fragmentos simbólicos da “merda” alheia, assim simbolizada pelo emissor, que podemos construir uma saída racional para elaborar essa angústia. 

Esse “especial sobre “a merda” fala um pouco sobre esses sentimentos, veja:

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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