Chuva, suor e lágrimas. QuaseBaêa 1×0 CSA

No começo de 2014, quando começaram a chegar as contratações, escrevi que o ano começava como o mais promissor dos últimos tempos. Agora, depois da eliminação da Copa do Nordeste… continuo pensando a mesma coisa. 

 Debaixo de um toró da porra, saí com meu pai rumo a Fonte. No caminho, falávamos sobre a importância de vencer bem a partida, independente do jogo em Conquista. Afinal, Tricolor que é Tricolor, não torce pra time com aquele nome, nem sendo genérico.  

 Em campo o Bahia comandava. O CSA era apenas um coadjuvante do jogo. Lomba quase dormiu, mesmo com as entregadas de Lucas, no primeiro tempo. Era um jogo de ataque contra defesa e a Torcida estava empolgada. Talisca de centroavante jogando muito, Guilherme nos fez lembrar o que é um lateral que preste, com a camisa do Bahia. Rhayner jogando pra pirão, como sempre, Maxi dava o toque de categoria que o time precisava, enquanto Madson e Hélder estavam apagados como sempre e Pitonni errando como nunca.  

O Tricolor dominava as ações mas deixava claro a necessidade de um centroavante. Até que Talisca, o miserável favorito de João Andrade, cruza pra área e a bola sobra pra Rafael Miranda brocar. Festa nas arquibancadas para as pouco mais de 5000 testemunhas daquele último ato da Copa do Nordeste para o Bahia. Fim do primeiro, aplausos e expectativa. 

Vem o segundo tempo e o CSA resolve sair pro jogo. A partida melhora e o 0x0 em Conquista servia de ânimo para Torcedores e jogadores. Até que Marquinhos substitui Hélder por Rafinha. Talisca recua e passamos a jogar com 3 atacantes de fato. Maxi deixa Madson de cara, e ele joga a bola na Bamor. Lucas Fonseca, muito mal na partida, quase marca o segundo de cabeça. Até que pelo rádio vinha a notícia: “entrou água, viu? Gol do Santa Cruz”… 

O jogo desaba de rendimento, o Tricolor fica apático e pra piorar Maxi sai pra dar lugar a mais um volante, Diego Felipe. Pra piorar ainda mais, sai o melhor jogador em campo, Guilherme Santos, e entra Raul. “Véi”, na moral: Raul dói. Falta no meio de campo, Raul deu um pique na lateral, chego perto do bico da grande área, recebeu a bola, e quando todos pensavam que ele fosse partir pra cima do zagueiro, o miserável recuou a bola pra zaga. Depois disso foi só rezar pra acabar a partida, porque nem pra secar o Santa Cruz, tinha mais ânimo… 

 Bora Baêa Minha Porra!!! Nada de abaixar a cabeça. A desclassificação não veio nesse jogo, e sim, na partida contra o Santinha, aqui na Fonte. Aquele empate acabou com o Bahia. Aliás, foi um campeonato atípico. Fomos goleados pelo CSA, num jogo onde todos já tinham em mente o discurso da falta de tempo para entrosar o time. Perdemos pro Santa, em Pernambuco, mas com um a menos o jogo todo e com gol anulado validado pelo vagabundo do apito. O que acabou mesmo, foi o empate mambembe com o Coral aqui na Arena… Mas isso é passado, vamos pensar mais pra frente. O Bahia precisa urgente de um meia e um centroavante, como todos já sabem. Porém, senhores, se tivéssemos um lateral direito que prestasse, o time seria outro completamente diferente. 

Nas arquibancadas uma cena inusitada. A Bamor protestando contra a nova diretoria, ouviu um sonoro “Ei, Bamor, vá tomar caju”, da Torcida desorganizada do Bahia. Foi um momento triste, mas interessante. A política do Bahia entrou de vez nos estádios e agora, todo mundo quer participar. Os Torcedores xingavam a Bamor alegando que a “Maior do Nordestão” estava ligada ao ex-presidente deposto. Quando a Bamor vaiou o time, o restante da Torcida aplaudiu, mesmo com a eliminação. A coisa está esquentando e esse time ainda vai dar um bom caldo. BBMP!!!

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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