O fatídico dia 20 de outubro começou com uma derrota vergonhosa de Junior Cigano. A esperança de festa na madrugada brasileira foi pra o espaço desde o início da luta. Cigano foi revelar o time que torcia, aqui na Bahia, e passou a não ganhar mais títulos… Depois, foi ir dormir de cabeça quente e esperar o domingo de futebol.
Fui inventar de acertar o relógio do celular manualmente e me quebrei. Cheguei em casa as 15h, achando que ainda eram 14. Sai atrasado pra Fonte Nova e ainda pra comprar ingresso de meu sobrinho. Resultado, ouvi o gol do São Paulo pelo rádio na descida dos Galés, ainda no táxi. Mas, Bahia e São Paulo já me deram uma partida memorável na vida e Tricolor de Aço não sai do estádio antes do apito final. Porém, dessa vez, nem entrei. Uma fila desgraçada na Arena, que ainda não aprendeu a vender ingresso pra brasileiro, e toda vez dá essa merda. Tomando 1×0 e os cambistas querendo empurrar ingresso de 80 reais, voltei pra casa e assisti o fim do primeiro tempo pela Sky. Aí veio a maior decepção do ano.
Sinceramente, com os pífios resultados do Bahia na Copa do Nordeste, Baiano e Copa do Brasil, achei que a crise tinha ido pelo ralo junto a MGF. Mas não. O Bahia conseguiu fazer uma partida “desesperançosa”. Ao fim da partida, alternei entre os jogos do Vasco e do Coritiba e vi que dos 3, o Bahia é o time da parte de baixo da tabela, que mais preocupa.
Com um mais em campo, o primeiro ataque do segundo tempo foi do São Paulo. Em campo, Barbio, Hélder, Lucas, Tite, Raul, faziam a gente tremer de medo a cada passe errado. Foram 36 ao todo, numa média de mais de um passe errado a cada 3 minutos. O Bahia ainda ganhou mais uma expulsão são-paulina e a coisa continuou igual. O time finalizou umas 20 bolas, mas Rogério Ceni fez apenas 2 grandes defesas.
Com dois jogadores a mais não ganhávamos uma bola aérea, perdíamos rebotes, tomamos alguns contra-ataques perigosos, Lucas deu a Braga do ano e por pouco não tomamos o segundo.
Foi feio e inesperado. Ninguém, em sã consciência, imaginaria o Tricolor baiano sendo derrotado pelo paulista, num jogo de 6 pontos, na Fonte Nova. Além de ir dormir na incômoda portaria da zona, ainda vimos outros times se afastar dela, como o próprio São Paulo e a Portuguesa que empatou. O Vasco saiu tomando 2 do Botafogo e empatou. O Coritiba venceu o líder. E o Bahia… êêêê, Bahia!
Como desgraça pouca é bobagem ainda teremos uns 3 jogos complicados contra os times da parte de cima da tabela. Assusta? Rapaz, nem sei. A gente broca Botafogo, Inter, goleia Flamengo, vence clássico e quando acha que tá ficando bom, vai e ajuda o São Paulo a sair da merda com 2 a menos em campo… nem sei se é ruim…
O certo é que se o 4×3 em 2011 foi crucial para o Bahia se manter vivo no Brasileirão, esse um a zero sãopaulino, com 2 a menos, deve ter o mesmo efeito para o time do antipático Muricy. Até a Torcida São Paulina foi melhor que a do Bahia na Fonte Nova.
Bora Baêa Minha Porra! Queria pedir desculpas públicas ao professor Cristóvão. Mais uma vez fez tudo que a Torcida pediu e mostrou que estávamos todos errados. Wangler não disse pra que veio e Madson é pior que Lusa. Souza, apesar da Torcida odiar, entra bem no time mas é, no mínimo, azarado (3 jogos, 3 porradas). Agora é pensar no jogo contra os gringos pela Sulamericana e rezar pra Obina entrar bem contra o furacão. Se bem que esse vento forte vem perdendo intensidade no decorrer do período e pode chegar a Bahia como uma brisa bem leve… Assim espero, porque se depender do Bahia que vi hoje em campo… Senhores, vou começar a vender calculadora pra galera…
E quem pensou que o Bavice seria um divisor de águas, acertou. Pra pior. Depois dali, deu tudo errado. Que urucabaca da miséra, essa que vem de Canabrava, na moral…