Na última sexta-feira, o presidente Fernando Schmidt aprovou a contratação do ortopedista Adriano Fonseca, para compor o quadro médico do Bahia. Como todos sabem, Adriano é filho de Reub Celestino, que também estará na gestão do Bahia como presidente, na pasta administrativo-financeira, por isto, o fato ganhou contornos negativos por parte de segmento da torcida tricolor, afinal, se foi criticado o antigo presidente Marcelo Guimarães Filho, por ter colocado no Bahia duas irmãs no setor jurídico do clube, como agora não criticar, aqueles que se intitulam membros do novo Bahia, já que o procedimento parece igual?
Bom, cada um pensa de uma forma, mas fica claro que o Adriano Fonseca tem uma história dentro do clube e, sobretudo, serviços prestados, enquanto o contraponto usado como referência para as críticas, ninguém sabem quem são, muitos menos ouviram falar.
Ontem, o ortopedista Adriano Fonseca, usando o fórum do site E.C Bahia, se deu ao trabalho de, em texto, fazer as algumas considerações sobre seu retorno ao clube e prestou bons esclarecimentos:
“Prestarei aqui uma informação, na intenção de dirimir dúvidas a respeito da minha pessoa, da minha relação com o BAHIA e de meu retorno ao clube.
Entendo que muitos questionarão este meu retorno e que isto deve incomodar outros muitos, porém, quando sai do BAHIA, de imediato me posicionei contra a gestão que ocorria e a gestão que se seguiu por diversos motivos que não vou citar, novamente.
Coloquei uma acção, sim, contra o BAHIA. Uma ação trabalhista, pois estava lá na condição de médico, trabalhador e fiquei 16 meses sem receber salários. Esta ação já teve fim e já recebi o que era de direito. Minha ação não era de torcedor e sim de funcionário que não foi pago. Vários jogadores e treinadores colocaram ação contra o BAHIA e mesmo assim retornaram ao clube. No momento, existem algo no entorno de 300 ações contra o BAHIA, fruto da temerária gestão anterior.
Fui convidado na Terça feira , pelo Dr. Fernando Schimdt e, depois, por Dr. Marcos Lopes o qual já havia me convidado outras vezes, porém, eu nunca havia aceite por não concordar com as gestões anteriores, como já explicado.
Não há, a meu ver, nenhuma semelhança com a gestão passada e qualquer comparação seria capciosa ou maledicente. Enquanto eu já tenho serviços prestados por longo tempo, no esporte clube BAHIA e com reconhecida competência pelos colegas de profissão e pelos torcedores que acompanham, e acompanharam o tempo que fiquei lá, os parentes do ex-presidente eram meras desconhecidas, sem nenhuma prestação de serviço anterior.
O fato de meu pai trabalhar lá, é por mérito dele. Resgatou uma empresa falida e a colocou entre as 3 de maior crescimento nacional. Negar este fato como competência, seria cegueira proposital ou falta de bom senso. Não é à toa que ele tem mestrado, doutorado, pós-doutorado, fellowship e reciclagem profissional nos Estados Unidos e todos por concurso público. Tendo sido o único do nordeste aprovado em um deles, depois de mais de 15 anos e classificado em 2º lugar geral do Brasil. Foi consultor do banco Interamericano de Desenvolvimento e do Banco Mundial, entre outros serviços que não necessito mais postar aqui. Tenho um imenso orgulho e amor por ele e não serão mentalidades tacanhas e beligerantes que vão me demover de sempre apoia-lo.
Se não estivesse capacitado, se não tivesse reconhecimento da classe, dos colegas e das redes sociais e fosse convidado, graciosamente, poderia até me preocupar, mas nossos currículos falam por nós.
Tenho uma vida estável e bem empregado há mais de 19 anos atuando em medicina. Meu retorno ao BAHIA não é financeiro, nem por vaidade, pois ganho mais fora do BAHIA que trabalhando nele. É por paixão pelo que faço. Quem me conhece sabe que adoro medicina e o contato diário com pacientes. Sempre me senti com vontade de voltar ao BAHIA e me manifestei por escrito aqui, várias vezes.
Estarei a disposição para esclarecimentos que por ventura tiverem.
Saudações tricolores.
Adriano Fonseca”